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SADC condena violência contra estrangeiros na África do Sul

A secretária-executiva da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC, na sigla inglesa), Stergomena Tax, afirmou hoje que a organização "condena com a maior veemência possível" a violência contra cidadãos estrangeiros na África do Sul.

SADC condena violência contra estrangeiros na África do Sul
Notícias ao Minuto

22:26 - 03/09/19 por Lusa

Mundo Violência

"A #SADC condena com a maior veemência possível a desumanidade e a violência contra colegas africanos na #SouthAfrica [África do Sul], e as pilhagens e destruição de propriedades", escreveu Stergomena Tax na plataforma social Twitter.

Na mensagem, Tax, tanzaniana, apelou ainda para uma "solução duradoura".

O Presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, condenou hoje a violência no país dirigida essencialmente a imigrantes, sobretudo africanos, que resultou na morte de pelo menos cinco pessoas e a detenção de 189.

"Condeno a violência que se tem espalhado por várias das nossas províncias nos mais vigorosos termos", disse Ramaphosa num vídeo partilhado na plataforma Twitter.

"Os ataques contra comerciantes estrangeiros são totalmente inaceitáveis, tal coisa não pode ser permitida na África do Sul", acrescentou Ramaphosa.

Na mensagem, o chefe de Estado sul-africano adiantou que se irá reunir com ministros para "acompanhar o que está a acontecer" e para encontrar formas de acabar com a violência.

Uma nova onda de violência e pilhagens contra estrangeiros iniciou-se na África do Sul, país onde reside uma grande comunidade portuguesa e lusodescendente, neste fim de semana, com maior incidência em Joanesburgo e Pretória.

A SADC junta-se agora a outros entidades internacionais que expressaram preocupação com a situação na África do Sul.

Também o presidente da Comissão da União Africana, Moussa Faki Mahamat, condenou estes ataques, pedindo proteção para potenciais vítimas e suas propriedades no país.

Num comunicado divulgado na página da União Africana, o presidente "solicita novas medidas imediatas para proteger as vidas das pessoas e as suas propriedades, assegurar que todos os perpetradores são responsabilizados pelos seus atos e que a justiça seja feita para aqueles que sofreram perdas".

No documento, Moussa Faki Mahamat declarou estar "incentivado pelas detenções" já realizadas pelas autoridades sul-africanas.

O presidente da Comissão da União Africana reiterou ainda o compromisso da organização em apoiar o Governo sul-africano numa resposta às causas que sustentam "estes atos lamentáveis, de modo a promover paz e estabilidade", de acordo com os princípios do bloco continental.

A polícia da África do Sul anunciou hoje que pelo menos cinco pessoas morreram desde domingo e 189 foram detidas no mesmo período durante os conflitos contra cidadãos estrangeiros no país.

Também o Presidente nigeriano, Muhammadu Buhari, se manifestou "muito preocupado" com a vaga de violência xenófoba na África do Sul contra os imigrantes africanos, nomeadamente nigerianos, anunciando o envio de uma delegação a Pretória para transmitir as suas inquietações.

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