Zakir Hossain Khan, porta-voz da Comissão Reguladora de Telecomunicações do Bangladesh, disse que pediu às operadoras que respondessem ao pedido dentro de sete dias.
Mais de 700.000 rohingyas fugiram para o vizinho Bangladesh e têm recusado voltar temendo pela sua segurança.
No passado dia 22 de agosto, o Comissário para os Refugiados, Assistência e Repatriamento do Bangladesh, Abul Kalam, referiu que nenhum rohingya se apresentou para regressar a Myanmar numa segunda tentativa de repatriamento da etnia muçulmana.
Numa conferência de imprensa, Abul Kalam indicou que ninguém das 295 famílias entrevistadas pelo Governo do Bangladesh e a agência da ONU para os refugiados concordou voltar a Myanmar.
As autoridades birmanesas tinham anunciado que o repatriamento começaria nesse dia, depois do país de maioria budista ter declarado que mais de 3.000 refugiados de pelo menos 1.056 famílias podiam regressar ao país.
Os militares birmaneses lançaram em agosto de 2017 uma campanha de contra-insurgência em resposta a um ataque de um grupo rebelde rohingya, que levou a um êxodo da etnia para o Bangladesh e a acusações de violações em massa, de assassínios e de milhares de casas queimadas pelas forças de segurança.
Os rohingyas não são reconhecidos como uma minoria oficial pelo governo birmanês, que os tem tratado como estrangeiros, embora as suas famílias vivam no país há gerações. Foi-lhes negada a nacionalidade, assim como a liberdade de movimentos e outros direitos básicos.