ONU condena confrontos entre grupos armados que assinaram acordo de paz

O representante especial das Nações Unidas na República Centro-Africana (RCA) condenou hoje os confrontos entre dois grupos armados, que assinaram o acordo de paz, causando pelo menos dois mortos e vários feridos.

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Lusa
02/09/2019 20:43 ‧ 02/09/2019 por Lusa

Mundo

RCA

Mankeur Ndiaye condenou os confrontos, considerando que são uma "violação" do acordo de paz, assinado em fevereiro de 2019.

"A Missão Multidimensional Integrada das Nações Unidas para a Estabilização na República Centro-Africana (MINUSCA) condena veementemente os violentos confrontos em Birão entre dois signatários do Acordo de Paz, o MLCJ e o FPRC, que causaram mortos e vários feridos", refere o represente especial das Nações Unidas numa mensagem na rede social Twitter.

Segundo a ONU, os confrontos entre os grupos armados do Movimento dos Libertadores Centro-Africanos para a Justiça (MLCJ) e da Frente Popular para a Renovação na República Centro-Africana (FPRC) causaram pelo menos dois mortos e vários feridos.

Os confrontos ocorreram em Birão, no extremo nordeste da RCA, perto da fronteira com o Sudão.

A RCA caiu no caos e na violência em 2013, depois do derrube do ex-Presidente François Bozizé por grupos armados juntos na Séléka, o que suscitou a oposição de outras milícias, agrupadas sob a designação anti-Balaka.

O Governo centro-africano controla cerca de um quinto do território. O resto é dividido por mais de 15 milícias que procuram obter dinheiro através de raptos, extorsão, bloqueio de vias de comunicação, recursos minerais (diamantes e ouro, entre outros), roubo de gado e abate de elefantes para venda de marfim.

Um acordo de paz foi assinado em Cartum, capital do Sudão, no início de fevereiro pelo governo e por 14 grupos armados. Um mês mais tarde, as partes entenderam-se sobre um governo inclusivo, no âmbito do processo de paz.

Portugal está presente na RCA desde o início de 2017, no quadro da MINUSCA, cujo 2.º comandante é o major-general Marcos Serronha, onde agora tem a 5.ª Força Nacional Destacada (FND) e militares na Missão Europeia de Treino Militar-República Centro-Africana, cujo 2.º comandante é o coronel Hilário Peixeiro.

A 5.ª FND, que tem a função de Força de Reação Rápida, integra 180 militares do Exército, na sua maioria elementos dos Comandos (22 oficiais, 44 sargentos e 114 praças, das quais nove são mulheres), e três da Força Aérea.

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