Bruxelas vê "com preocupação" número de migrantes chegados a Lesbos
A Comissão Europeia afirmou hoje que vê "com alguma preocupação" o elevado número de migrantes chegados à ilha grega de Lesbos, garantindo estar em "contacto direto e regular" com as autoridades gregas.
© Reuters
Mundo Comissão
"Vemos com alguma preocupação o elevado número de migrantes chegados à ilha de Lesbos, na Grécia, na semana passada", declarou a porta-voz da Comissão Europeia para a área das migrações, Natasha Bertaud.
A responsável, que falava na conferência de imprensa diária da Comissão Europeia, em Bruxelas, admitiu que esta situação "coloca mais pressão a um sistema que já está lotado".
"O comissário [europeu para as migrações] Dimitris Avramopoulos e os seus serviços estão em contacto direto e regular com as autoridades gregas, a nível político e técnico", garantiu Natasha Bertaud.
A porta-voz acrescentou que o executivo comunitário vai "continuar a trabalhar com as autoridades gregas para melhorar a situação na ilha".
"Estamos dispostos a analisar e a apoiar as medidas adicionais de emergência que foram anunciadas pelas autoridades gregas", notou Natasha Bertaud, aludindo a questões como as transferência de migrantes para o continente e ao reforço da vigilância nas fronteiras marítimas.
A Grécia decidiu transferir para o continente refugiados de campos de migrantes sobrelotados nas ilhas e reforçar a vigilância nas fronteiras marítimas, informou na sexta-feira o Governo grego.
O Conselho de Relações Exteriores e de Defesa do Governo grego reuniu-se nesse dia para encontrar soluções para reforçar a vigilâncias nas fronteiras, tendo decidido transferir migrantes das ilhas para o continente e ativar um sistema integrado de vigilância marítima, com um custo de 50 milhões de euros, que o Governo anterior tinha rejeitado.
Para dar resposta aos campos sobrelotados, o primeiro-ministro reuniu-se, também nesse dia, com os assessores de segurança nacional, tendo decidido ainda acelerar a deportação de todos aqueles que, tendo pedido asilo, viram o estatuto rejeitado, evitando que permaneçam em território grego por muito tempo.
A decisão foi tomada dias após mais 600 refugiados chegarem à ilha de Lesbos na semana passada, tornando mais difícil a situação de acomodamento de migrantes nos campos daquela ilha do Mediterrâneo.
Nos últimos meses, o Governo de Atenas começou a investir na criação de campos de migrantes no continente, para tentar desanuviar a procura das ilhas, especialmente nos arquipélagos orientais.
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com