Honduras reconhecem Jerusalém como capital de Israel
As Honduras inauguraram hoje uma representação diplomática em Jerusalém, seguindo o exemplo dos EUA, que anunciaram a transferência da sua embaixada de Telavive, reconhecendo-a como capital israelita, apesar do estatuto polémico da "Cidade Santa".
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Mundo Honduras
O escritório diplomático terá "caráter político, comercial e cultural", afirmou hoje o Presidente das Honduras, Juan Orlando Hernández, que o considera como uma extensão da embaixada hondurenha localizada em Telavive.
Orlando Hernandéz espera que este seja o primeiro passo para instalar a embaixada em Jerusalém, ainda antes do final do ano, tornando-se o terceiro país a fazê-lo (depois dos Estados Unidos e da Guatemala).
Os Estados Unidos romperam com o consenso internacional, ao considerarem Jerusalém a capital israelita e ao anunciarem a transferência da sua embaixada de Telavive para aquela cidade, onde não havia missões diplomáticas desde a anexação israelita da parte oriental da Palestina, ocupada contra as resoluções da ONU.
A cerimónia de inauguração da representação diplomática hondurenha em Jerusalém foi ligeiramente atrasada, por causa da tensão militar na fronteira de Israel com o Líbano, onde hoje se verificaram ações militares contra o movimento xiita Hezbollah.
O Presidente das Honduras deslocou-se a Jerusalém, para participar na cerimónia, considerando que ela decorreu "num ambiente de alegria, expectativa e satisfação", tendo-se deslocado ao Muro das Lamentações, onde depositou uma nota com um desejo, entre as suas pedras milenares.
As palavras de Orlando Hernandéz contrastam com o tom de crítica da Organização de Libertação da Palestina (OLP), que condenou o gesto das Honduras, ameaçando reavaliar a sua relação com aquele país americano.
Hanán Ashrawi, membro da Comissão Executiva da OLP, disse esta semana em comunicado que a decisão hondurenha constitui "um ato hostil contra o povo palestiniano e contra os seus direitos inalienáveis", descrevendo-a como "uma flagrante violação do direito internacional".
"Honduras alinhou-se com os Estados corruptos que ignoram o Direito Internacional", acrescentou Ahsrawi, apelando a "todos os atores internacionais responsáveis para condenarem esta decisão irresponsável".
Neste clima de divisão, outros Estados optaram por abrir representações simbólicas em Jerusalém, como a Hungria, que desde março tem uma sede comercial com estatuto diplomático, e a República Checa, que no ano passado abriu um consulado honorário.
Os palestinianos reivindicam a parte oriental de Jerusalém, sob ocupação israelita desde 1967, como a capital do seu futuro estado, enquanto Israel considera toda a "Cidade Santa" como a sua capital.
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