Em comunicado divulgado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros, salienta-se que "a via do diálogo e da ação política é a única possível para o progresso da Colômbia e para a pacificação da nação colombiana, que continua determinada em ultrapassar cinco décadas de violência".
"O Governo português condena o anúncio, por parte de um reduzido grupo de dissidentes, de retoma do conflito armado, procurando destabilizar essa via da paz e do desenvolvimento socioeconómico do país, e exorta a população colombiana a manter-se unida no caminho para a prosperidade e a reconciliação nacional", conclui a nota.
A tomada de posição do Governo português vem na sequência da divulgação, na quinta-feira, pelo ex-número dois das FARC e principal negociador do acordo de paz de 2016, Iván Márquez, de um vídeo em que anuncia o regresso às armas.
O conflito armado na Colômbia, que envolveu guerrilhas, grupos paramilitares, forças do Governo e narcotraficantes ao longo de mais de 50 anos, causou mais de 260 mil mortos, quase 83 mil desaparecidos e 7,4 milhões de deslocados.