No início do século XIX, uma boa parte da Europa, incluindo Portugal, estiveram quase a fazer parte da França de Napoleão Bonaparte. O imperador francês acabaria derrotado na histórica batalha de Waterloo.
Os ingleses condenaram-no ao exílio numa pequena ilha na costa atlântica de África: Santa Helena. Bonaparte chegou ali a 15 outubro de 1815 e viveu lá os seus últimos seis anos de vida.
Napoleão não foi o primeiro - esse foi português, mas já lá vamos - habitante de Santa Helena mas foi certamente o seu mais célebre habitante. Por essa razão, ainda hoje as autoridades da ilha exploram a imagem de Napoleão, a bem do turismo.
Os próximos tempos serão de celebrações de bicentenário na ilha e há uma oferta do turismo local: um Napoleão Bonaparte (um Napoleão "Bona-part-time", como nota com humor o The Guardian).
A oferta foi disponibilizada nas redes sociais pela página e turismo local, que pede um Napoleão apresentável e sociável, dado que terá de conviver com visitantes, em particular "especiais dignatários". A oferta implica disponibilidade em diferentes alturas - sempre que houver eventos públicos que o justifiquem - em 2019, 2020 e 2021.
Os interessados podem candidatar-se, com a nota de que o primeiro evento será já no próximo dia 15 de outubro, dia de celebração da chegada do Napoleão (o original, entenda-se).
We are seeking a Napoleon impersonator. Contact us for terms of reference. pic.twitter.com/GRnxMszEOi
— St Helena Tourism (@sthelenatourism) August 29, 2019
Voltando a um assunto que referimos anteriormente: o primeiro habitante de Santa Helena foi um português.
A efeméride data do tempo dos Descobrimentos e envolve Fernão Lopes, um soldado português que participou numa revolta em Goa e que acabou preso, torturado e castigado. Na viagem de regresso a Portugal, optou pelo exílio, tendo sido largado em Santa Helena, uma ilha que tinha sido descoberta poucos anos antes, em 1502, precisamente por portugueses.
