Acordo entre EUA e talibãs do Afeganistão está para breve

Os Estados Unidos e os talibãs estão "próximos" da conclusão de um acordo que implicará uma forte redução do número de militares norte-americanos no Afeganistão, afirmou hoje um porta-voz dos insurgentes.

Acordo entre EUA e talibãs do Afeganistão está para breve

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Lusa
28/08/2019 17:05 ‧ 28/08/2019 por Lusa

Mundo

Médio Oriente

As duas partes, em guerra há 18 anos, negoceiam em Doha os últimos retoques de um acordo histórico que prevê garantias de segurança por parte dos talibãs em troca da partida de uma grande parte dos 13.000 soldados dos Estados Unidos destacados no Afeganistão.

"As negociações vão continuar hoje. Estamos próximos de um acordo. Esperamos trazer em breve boas notícias à nossa nação muçulmana em busca de paz", escreveu na rede social Twitter o porta-voz talibã Zabihullah Mujahid, citando uma declaração em língua pashtun do porta-voz talibã em Doha, Suhail Shaheen.

A embaixada norte-americana em Cabul não fez comentários até ao momento, segundo a agência France Presse, que refere que Washington espera concluir um acordo até 01 de setembro, antes das presidenciais afegãs previstas para o mesmo mês.

As duas partes realizaram nove rondas de negociações no último ano.

Os talibãs, que controlam atualmente cerca de metade do Afeganistão e que nunca estiveram tão fortes desde a invasão norte-americana do país em 2001, excluíram o governo afegão, que consideram uma marioneta dos Estados Unidos.

Têm insistido que não falarão com Cabul até que haja um acordo com Washington para a sua retirada do país.

Enquanto aguarda o acordo entre os talibãs e os norte-americanos, Cabul já conta com uma equipa negocial de 15 membros, cujos nomes não divulgou, garantindo que incluem todos os grupos étnicos, sociais e políticos.

Numa conferência de imprensa hoje em Cabul, a organização de defesa dos direitos Humanos Amnistia Internacional (AI) defendeu que o acordo de paz tenha em conta os direitos dos afegãos.

O futuro acordo "não deve ignorar (...) as vozes das vítimas, nem os seus apelos à justiça para que sejam prestadas contas pelos crimes de guerra, os crimes contra a humanidade e as outras graves violações dos direitos humanos" cometidos no país, declarou Omar Waraich, diretor adjunto da AI para o Sul da Ásia.

 

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