"Os oficiais e soldados da guarda presidencial conseguiram garantir a segurança do palácio de Maachiq e dos seus arredores" em Aden, escreveu na rede social Twitter Mouammar al-Iryani, adiantando que "o exército nacional e as forças de segurança exercem um controlo total sobre os distritos" da cidade.
A recuperação pelas forças governamentais da cidade de Aden, de onde tinham sido expulsas há 18 dias, representa um duro golpe para os separatistas do Conselho de Transição do Sul (CTS), que nas últimas semanas tentaram tomar várias regiões do sul do país devastado por um complexo conflito.
Desde 2014 que o poder do Presidente Abd Rabbo Mansur Hadi está em guerra contra os rebeldes xiitas Huthis que tomaram vastas regiões do norte do Iémen, entre as quais a capital Sanaa.
Em 2015 uma coligação internacional com a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos à frente começou a ajudar o governo iemenita a combater os Huthis, apoiados pelo Irão.
Mas desde o início de agosto que se abriu uma nova frente com os combates contra os separatistas que exigem a independência do sul do Iémen.
Os combates entre o poder e os separatistas, que têm lutado juntos contra os rebeldes xiitas, iniciaram-se a 07 de agosto em Aden e estenderam-se depois à província vizinha de Abyane e à de Chabwa, mais a norte.
Entre os dois principais membros da coligação internacional, os Emirados apoiam o CTS e a Arábia Saudita o governo de Hadi, que se exilou em Riade.
Responsáveis dos serviços de segurança já tinham indicado hoje que as forças lealistas tinham recuperado a província de Abyane, que a semana passada ficou sob controlo dos separatistas, que tomaram de dois quartéis-generais das forças do governo.
O primeiro-ministro, Maeen Abdul Malek, considerou que "o regresso do Estado" a Aden constitui "uma vitória para o conjunto do povo iemenita".
A guerra no Iémen já causou dezenas de milhares de mortos, muitos dos quais civis, e a pior crise humanitária do mundo, segundo a ONU.