"Posso confirmar que monsenhor Antonio Yao Shun, que foi consagrado bispo de Jining/Wulanchabu, recebeu o mandato papal e foi declarado bispo durante a cerimónia de 26 de agosto de 2019", disse Matteo Bruni em comunicado enviado à imprensa.
No documento, o porta-voz do Vaticano refere que a ordenação episcopal de Antonio Yao é a "primeira que ocorre no âmbito do acordo provisório entre a Santa Sé e a República Popular da China, assinado em Pequim em 22 de setembro de 2018".
O Vaticano e a China assinaram um acordo provisório sobre a designação de bispos, a principal razão para o conflito entre as duas partes, no que foi interpretado como um passo histórico entre os dois estados que não têm relações diplomáticas desde 1951.
Como parte desse acordo, o Papa Francisco reconheceu sete bispos vivos e um falecido nomeados pela China, que anteriormente não eram "oficialmente" admitidos pela Santa Sé.
Os laços diplomáticos entre a China e o Vaticano são oficialmente inexistentes desde 1951 pela excomunhão de dois bispos nomeados por Pequim, aos quais as autoridades chinesas responderam com a expulsão do núncio apostólico, que se estabeleceu na ilha de Taiwan.
A China, por sua vez, tem a sua própria Igreja Católica Patriótica desde 1957.