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Amazónia: Trudeau apoia Macron em apelo para discutir incêndios no G7

O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, endossou na quinta-feira o apelo feito pelo presidente francês, Emmanuel Macron, para debater os incêndios da Amazónia na cimeira do G7, acrescestando que está em causa o futuro das novas gerações.

Amazónia: Trudeau apoia Macron em apelo para discutir incêndios no G7
Notícias ao Minuto

14:38 - 23/08/19 por Lusa

Mundo Amazónia

"Eu não poderia concordar mais com Emmanuel Macron. Fizemos muito trabalho para proteger o meio ambiente no G7 do ano passado em Charlevoix, e precisamos continuar neste fim de semana. Precisamos de agir pela Amazónia, e agir pelo nosso planeta. Os nossos filhos e netos estão a contar connosco", escreveu Trudeau no Twitter.

Emmanuel Macron apelou na quinta-feira para que os incêndios na Amazónia sejam discutidos na cimeira do G7, que se realiza este fim de semana em Biarritz, sudoeste de França, afirmando que se trata de uma "crise internacional". Porém, as palavras não foram bem recebidas pelo governante brasileiro.

"A nossa casa está a arder. Literalmente. A floresta Amazónia, o pulmão que produz 20% do oxigénio do nosso planeta, está em chamas. É uma crise internacional. Membros da cimeira do G7, vamos discutir esta emergência de primeira ordem em dois dias", pediu o chefe de Estado francês também na rede social Twitter.

Na cimeira do G7, dos países mais industrializados do mundo, participam os líderes da Alemanha, Canadá, Estados Unidos da América, França, Itália, Japão e Reino Unido.

Também o porta-voz da chanceler alemã, Angela Merkel, se pronunciou sobre os fogos na região amazónica, referindo que constituem uma "situação de emergência aguda" que deve ser discutida na cimeira do G7.

"A chanceler está convencida" de que a questão "deve integrar a agenda dos países do G7 quando eles se reunirem este fim de semana" em Biarritz, em França, declarou hoje Steffen Seibert, porta-voz da chefe do Governo alemão, numa conferência de imprensa em Berlim.

"A chanceler apoia completamente o Presidente francês" neste assunto, adiantou.

Seibert disse ainda que "a magnitude dos incêndios no território da Amazónia é assustadora e ameaçadora, não apenas para o Brasil e os outros países envolvidos, mas para o mundo inteiro".

Após a publicação de Macron, que desencadeou repostas de outros chefes de Estado, o Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, acusou o seu homólogo francês de ter "uma mentalidade colonialista" e de pretender "instrumentalizar" o assunto "para ganhos políticos pessoais".

O secretário-geral da ONU, António Guterres, foi outra das vozes que lançou uma salva de apelos para salvar a Amazónia declarando-se "profundamente preocupado" com os incêndios, através do Twitter.

O número de incêndios no Brasil aumentou 83% este ano, em comparação com o período homólogo de 2018, com 72.953 focos registados até 19 de agosto, sendo a Amazónia a região mais afetada, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) brasileiro.

A Amazónia é a maior floresta tropical do mundo e possui a maior biodiversidade registada numa área do planeta.

Tem cerca de 5,5 milhões de quilómetros quadrados e inclui territórios do Brasil, Peru, Colômbia, Venezuela, Equador, Bolívia, Guiana, Suriname e Guiana Francesa (pertencente à França).

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