Fim da partilha de dados militares mina confiança com Seul, diz Abe
O primeiro-ministro japonês, Abe Shinzo, acusou hoje a Coreia do Sul de minar a confiança entre os dois países ao cancelar um acordo de partilha de informações militares.
© Reuters
Mundo Japão/Coreia do Sul
As declarações de Abe foram proferidas à partida para a cimeira dos países do G7 [grupo das sete maiores economias do mundo], que vai decorre em Biarritz, no sul de França, entre sábado e segunda-feira.
O G7 integra França, Alemanha, Reino Unido, Itália, Canadá, Estados Unidos, Japão, e a UE.
A Coreia do Sul disse ter tomado esta decisão, depois de Tóquio despromover o estatuto comercial de Seul, o que alterou o nível de cooperação de segurança entre os países. Entretanto, Seul anunciou que vai baixar também o estatuto de parceiro preferencial de Tóquio, uma mudança que deverá entrar em vigor em setembro.
A Coreia do Sul acusa o Japão de utilizar o comércio como uma arma para punir o país por uma disputa ligada ao domínio colonial japonês da península coreana entre 1910 e 1945. O Japão nega qualquer retaliação.
Para Tóquio, todas as questões de compensação devidas pelo período de ocupação e de guerra foram resolvidas quando os dois países normalizaram as relações ao abrigo de um tratado de 1965.
Contudo, o Supremo Tribunal da Coreia do Sul decidiu, em 2018, que o acordo não cobria os direitos individuais de quem procurasse indemnizações e ordenou o pagamento às vítimas sul-coreanas pelo trabalho forçado sob o regime imperialista nipónico.
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