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Contra cimeira do G7 quer ser oposição a "fortaleza do capitalismo"

A contra cimeira do G7 começou hoje em Irun, Espanha, e Hendaia, França, pretendendo ser a caixa de ressonância de todas as contestações à "fortaleza do capitalismo", numa referência a Biarritz, com segurança reforçada para a reunião internacional.

Contra cimeira do G7 quer ser oposição a "fortaleza do capitalismo"
Notícias ao Minuto

15:53 - 21/08/19 por Lusa

Mundo protesto

Cerca de 200 pessoas e dezenas de organizações participaram no começo deste encontro anti-G7 para três dias de trocas e debates, antes de uma grande manifestação agendada para sábado, partindo de Hendaia e que prevê a ocupação de praças públicas, no domingo, perto de Biarritz.

"Para nós, dois mundos se oporão esta semana. Em Biarritz, sete chefes de Estado ou de Governo vão estar na sua torre de marfim, emoldurados por uma dispositivo policial e militar desconcertante, separados da população. Em Hendaia, um protesto plural e aberto contra o G7, com uma grande diversidade de movimentos bascos, franceses e internacionais que compartilham os mesmos valores e esperanças", afirmou Aurélie Trouvé, porta-voz do movimento Alternativas G7.

Segundo Aurélie Trouvé, o Presidente francês, Emmanuel Macron, demonstrou um "cinismo a toda a prova" ao colocar o G7 sob o signo da luta contra a desigualdade, enquanto "corta todos os mecanismos de solidariedade e destrói os direitos sociais".

Em Ficoba, o grande centro de exposições na região de Irun e perto de Hendaia, organizações ecológicas, feministas, sindicais ou agrícolas montam as suas barracas, vendendo 't-shirts' e livros, muitas delas em basco.

Próximo dos anarquistas da Confederação Nacional do Trabalho (CNT), os partidários do boicote a Israel içam uma bandeira da Palestina, enquanto a associação que defende o regresso dos prisioneiros bascos ocupa um lugar destacado.

Além disso, um modelo com a efígie de Emmanuel Macron usando um sinal em que se pode ler-se "presidente das desigualdades". Ao microfone, os 'coletes amarelos' de Saint-Nazaire, do oeste de França, explicam o motivo da sua presença, mas enfatizam que não pertencem a nenhum movimento.

Sébastien Bailleul, um dos organizadores, acredita que a presença ali "já é uma vitória" para movimentos tão diversos, cujo ponto comum é querer uma "transformação social radical".

"Se houver violência nas nossas fileiras, seremos capazes de a gerir. Mas se houver outra violência, culparemos o Estado que, durante meses, tem mostrado que a sua gestão das manifestações não é proporcional", finalizou o responsável.

Nos últimos dias, pequenos grupos, principalmente antifascistas e anarquistas deixaram a plataforma oficial da contra cimeira, julgando-a muito controlada pelo Estado para se expressar fora desse quadro.

A reunião do G7 é um encontro dos líderes políticos do Canadá, França, Itália, Japão, Alemanha, Estados Unidos e Reino Unido, com a presença também da União Europeia, e até 2014, da Rússia, que acontece todos os anos, desde 1975, e com uma presidência rotativa.

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