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Austrália vai ter única galeria de arte exclusiva para artistas mulheres

A Finkelstein Gallery, única galeria na Austrália dedicada à arte contemporânea criada por artistas mulheres, vai abrir na próxima semana em Melbourne, noticia hoje a publicação The Art Newspaper.

Austrália vai ter única galeria de arte exclusiva para artistas mulheres
Notícias ao Minuto

16:18 - 21/08/19 por Lusa

Mundo Arte

De acordo com o sítio ´online´ daquela publicação internacional dedicada à arte contemporânea, a galeria abrirá pela iniciativa da consultora de arte Lisa Fehily.

"Após ter trabalhado com artistas durante muitos anos, tenho testemunhado que as mulheres artistas têm sido esquecidas, e a obra delas não é apresentada em exposições importantes, enquanto as instituições de arte consideram predominantemente os artistas masculinos para aquisições nas suas coleções", comentou àquela publicação.

A Finkelstein Gallery - que leva o nome de solteira da fundadora - vai limitar a sua representação a cerca de uma dezena de artistas.

As artistas expostas serão as australianas Lisa Roet, Louise Paramour, Monika Behrens, Kate Rohde, Kate Barker, Deborah Kelly e Coady, na sua maioria bem conhecidas na cena da arte internacional, e também Kim Lieberman, da África do Sul, e Sonal Kantaria, do Reino Unido.

Lisa Fehily disse ao The Art Newspaper que a baixa representação das mulheres na cena artística da Austrália - os museus estatais exibem 34% de artistas mulheres enquanto as galerias de arte comerciais mostram 40% - inspiraram-na a abrir a galeria.

A galerista disse ter sido encorajada por programas recentes criados por museus como a National Gallery da Austrália, "Know My Name", ou do National Museum of Women in the Arts, em Washington, com o projeto "#5WomenArtists", bem como o do Museu de Arte de Baltimore de dedicar, em 2020, uma programação especial sobre as mulheres na arte, para celebrar o centenário da conquista do sufrágio feminino.

Questionada sobre se a moviam questões filosóficas ou a exploração de um novo nicho de mercado, Fehily disse que era "um pouco de ambos".

"É um negócio. É para pegar nas carreiras das pessoas e dar-lhes sucesso. A compreensão do sucesso comercial é imperativa", disse.

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