General Fattah al-Burhane investido como chefe do Conselho Soberano
O general sudanês Abdel Fattah al-Burhane tomou posse hoje, em Cartun, capital do Sudão como chefe do Conselho Soberano, a instituição responsável pela governação do país na transição para o poder civil, anunciou a agência nacional Suna.
© Reuters
Mundo Sudão
O general Burhane era até agora o número um do Conselho Militar de transição, no poder desde a destituição do presidente Omar al-Bashir, a 11 abril deste ano, pela pressão das manifestações do povo nas ruas.
Abdalla Hamdok, um economista com experiência em organizações internacionais, foi o escolhido pela coligação de partidos da oposição e movimentos de contestação - as Forças para a Declaração da Liberdade - para liderar o governo de transição.
Esta escolha já foi saudada na segunda-feira pelo presidente da União Africana.
"Este marco histórico é o culminar de meses de negociações e o resultado da resolução firme e pacífica do povo sudanês, especialmente das mulheres e da juventude, para uma transição democrática no Sudão", afirmou Faki Mahamat, num comunicado divulgado naquele dia pela Comissão da União Africana.
O Conselho Soberano será formado com base num acordo entre militares e civis para governar o Sudão após a queda do Presidente Omar al-Bashir, em 11 de abril.
Os cinco candidatos das Forças para a Declaração da Liberdade foram nomeados na manhã de domingo, depois de o Conselho Militar ter apresentado, no sábado, quatro dos seus candidatos: o vice-presidente do Conselho Militar de Transição, o general Mohamed Hamdan Dagalo, também conhecido como "Hemedti"; o porta-voz de Shamsaldín Kabashi e o tenente-general Yaser al Ata, além do atual chefe do conselho, Abdel Fattah, que presidirá o Conselho Soberano nos primeiros 21 meses.
Segundo os termos do acordo oficial assinado sábado, o general Fattah ficará na liderança do Conselho Soberano 21 meses e depois um civil o sucederá, ficando os restantes 39 meses de transição previstos.
Nos 18 meses seguintes, um civil ocupará a Presidência do país, que terá também um Conselho de Ministros e um Conselho Legislativo transitórios até à realização de eleições democráticas, de acordo com o projeto acordado entre os militares e a oposição.
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