Tem quatro anos e vive atualmente no Líbano, onde divide um quarto com a sua família num bairro pobre de Beirute. Contudo, as marcas no seu rosto jamais o farão esquecer aquilo por que passou.
Jouma e a sua família fugiam de uma zona rural no norte da Síria quando um ataque áereo, protagonizado pela Turquia, apanhou o veículo onde seguiam. A janela do autocarro desfez-se na cara do menino, que sofreu deformações na pele, ficou cego e, segundo a BBC, ainda hoje sente pedaços de vidro a saírem-lhe do rosto.
Também o pai do menino tem no corpo as marcas do incidente, que lhe 'roubou' praticamente todos os dedos dos pés.
A história desta família é contada por uma repórter da BBC que afirma que decidiu não aprofundar a história para não obrigar a família a recordar o sofrimento pelo qual passou.
Segundo a mesma, o que mais a impressionou não foram as marcas físicas da tragédia, mas sim os traumas psicológicos apresentados.
A mesma reportagem refere que a família só fala curdo, o que tem sido um entrave no seu dia a dia no Líbano. Contam, contudo, com a ajuda de uma tradutora que os tenta ajudar em atividades do dia a dia e até nos pedidos de asilo na Europa. Contudo, muitos são os sírios, na mesma situação, pelo que o futuro da família é ainda uma incógnita.