Mais de 150 trabalhadores humanitários atacados este ano. Há 57 mortos
Cinquenta e sete trabalhadores humanitários morreram desde o início deste ano em ataques que atingiram um total de 156 destes profissionais, depois de 2018 ter sido o segundo ano mais violento, segundo a Organização das Nações Unidas.
© Lusa
Mundo Nações Unidas
Até agora, em 2019, um total de 156 trabalhadores humanitários foram vítimas de ataques, com 57 mortos, 59 feridos e 40 raptados, disse hoje a secretária-geral adjunta da Organização das Nações Unidas para Assuntos Humanitários, Ursula Mueller.
Os dados foram revelados em Nova Iorque, no Dia Mundial da Ajuda Humanitária, para assinalar o trabalho diário dos mais de 500 mil profissionais que se dedicam á ajuda humanitária, dos quais 40% são mulheres, que correm riscos para socorrer pessoas vulneráveis.
O ano passado foi o segundo mais grave para os trabalhadores humanitários, depois de 2003, tendo-se registado um total de 405 vítimas de ataques: 131 mortos, 144 feridos e 130 raptados.
Ursula Mueller passou várias mensagens de como está "cada vez mais perigoso" realizar ajuda humanitária, devido a violações das leis e direitos internacionais.
Desde 2003, mais de 4.500 trabalhadores em missões humanitárias ficaram feridos, foram detidos, raptados ou mortos, o equivalente a 280 atacados por ano.
As Nações Unidas assinalam o dia 19 de agosto como o Dia Mundial de Assistência Humanitária em homenagem aos que perderam as suas vidas em Bagdad, em 2003.
A data assinalada sob o lema "Uma Humanidade" marca o aniversário do bombardeamento da sede das Nações Unidas, onde morreram 22 funcionários da ONU incluindo o chefe da Missão, o brasileiro Sérgio Vieira de Mello.
Ursula Mueller disse que o número de vítimas é demasiado grande, com "demasiados trabalhadores humanitários a fazer o sacrifício máximo".
Este ano, o Dia Mundial da Ajuda Humanitária é especialmente dedicado às mulheres, tendo a ONU lançado uma campanha de partilha de histórias no feminino para honrar e incentivar o trabalho das assistentes humanitárias.
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