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Rússia cria comissão para investigar "ingerência estrangeira"

A câmara baixa do parlamento russo anunciou hoje a criação de uma comissão para investigar uma "ingerência estrangeira" na política interna da Rússia, após recentes protestos governamentais que Moscovo diz mostrarem envolvimento ocidental.

Rússia cria comissão para investigar "ingerência estrangeira"
Notícias ao Minuto

16:33 - 19/08/19 por Lusa

Mundo Rússia

O novo organismo, que realizará a sua primeira reunião antes do final do mês, será liderado pelo presidente do comité de segurança e luta contra a corrupção da Duma, Sergei Piskariov, indicou a agência Interfax.

A Rússia já fez advertências aos Estados Unidos e à Alemanha, acusados de apoiarem as recentes ações da oposição, que tem vindo a protestar na capital russa todos os fins de semana desde meados de julho contra a rejeição dos seus candidatos às eleições locais que se vão realizar a 8 de setembro.

Trata-se de um dos mais poderosos movimentos de protesto desde o regresso de Vladimir Putin ao Kremlin em 2012.

A criação da comissão foi anunciada durante uma reunião extraordinária sobre as alegadas "ingerências estrangeiras".

Segundo o presidente da Duma, Viatcheslav Volodine, os diplomatas e jornalistas estrangeiros suspeitos de "ingerência" serão convidados a explicar-se na comissão.

No início de agosto, Moscovo convocou um diplomata norte-americano para protestar contra a divulgação no 'site' e na conta na rede social Twitter da embaixada dos Estados Unidos de mensagens relativas a uma das manifestações da oposição.

Qualificadas de "propaganda a favor da participação" nas concentrações, as mensagens intimavam os cidadãos norte-americanos na Rússia a evitarem a zona da manifestação, incluindo um plano do circuito do evento.

A Rússia convocou também um diplomata alemão para denunciar o que considerou "apelos diretos à manifestação" por parte da emissora de radiotelevisão alemã Deutsche Welle nas redes sociais.

A agência russa de vigilância das telecomunicações Roskomnadzor, por seu turno, exigiu ao Google que proibisse a publicidade das ações da oposição na plataforma de vídeo YouTube.

A maioria das manifestações, não autorizadas, foram severamente reprimidas pela polícia. Mais de 2.000 pessoas foram detidas e mais de 100 ficaram presas. A quase totalidade das figuras da oposição cumprem atualmente pequenas penas de prisão.

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