Espanha oferece portos de Maiorca e Menorca para Open Arms atracar
O Governo de Espanha ofereceu à organização não-governamental (ONG) Open Arms a possibilidade de o navio humanitário desta organização atracar no porto de Palma de Maiorca ou no de Maó, em Menorca, afirmaram hoje fontes governamentais.
© Reuters
Mundo Open Arms
De acordo com as fontes do Governo de Maiorca citadas pela agência de notícias espanhola EFE, a vice-presidente do Governo, Carmen Calvo, telefonou esta tarde à presidente da governo regional das Ilhas Baleares, Francina Armengol, para propor que um desses dois portos acolha a Open Arms, uma proposta com a qual o presidente das ilhas concordou.
O Governo espanhol oferece assim à Open Arms o porto mais próximo que encontra na sua rota para a Espanha como uma alternativa ao de Algeciras, que tinha oferecido inicialmente e que a ONG rejeitou devido ao afastamento e ao estado dos migrantes resgatados que permanecem a bordo.
Uma porta-voz da Open Arms afirmou hoje que, dada a "situação insustentável" a bordo, onde mais de cem migrantes esperam por desembarcar há 17 dias, a ONG prefere não navegar até Algeciras, como propôs inicialmente Espanha, uma viagem que duraria demasiado tempo.
"A situação é absolutamente insustentável", disse Laura Lanuza à agência Associated Press.
"Há ansiedade, episódios de violência, o controlo da situação é cada vez mais difícil. Iniciar uma viagem de seis dias com estas pessoas a bordo, que estão no limite das suas possibilidades, seria uma loucura. Não podemos pôr a saúde e a vida delas em risco", disse.
O fundador da ONG, Óscar Camps, divulgou uma mensagem no Twitter no mesmo sentido.
"Depois de 26 dias de missão, 17 dias de espera com 134 pessoas a bordo, uma resolução judicial a favor e 6 países dispostos a acolher, querem que naveguemos 950 milhas, uns 5 dias mais, até ao porto mais distante do Mediterrâneo, com uma situação insustentável a bordo?", questionou.
Horas antes, Camps colocou um vídeo no Twitter mostrando que alguns dos migrantes se lançaram hoje ao mar, para tentar chegar a Lampedusa a nado, sendo salvos por socorristas.
O navio encontra-se ao largo da ilha italiana de Lampedusa onde não pode aportar porque o ministro do Interior de Itália recusa a autorização.
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com