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Polícia avisa manifestantes para abandonarem área junto do parlamento

A polícia de Hong Kong avisou hoje os manifestantes para abandonarem a área junto ao parlamento, ocupada após um protesto pacífico que juntou mais de 1,7 milhões de pessoas segundo a organização.

Polícia avisa manifestantes para abandonarem área junto do parlamento
Notícias ao Minuto

16:37 - 18/08/19 por Lusa

Mundo Hong Kong

As forças de segurança sublinham que os manifestantes estão a cometer atos ilegais, como o bloqueio de trânsito e o arremesso de objetos contra elementos da polícia no local, "colocando em causa a segurança física das pessoas presentes", pelo que devem dispersar "imediatamente".

Junto ao Conselho Legislativo começam a viver-se alguns momentos de tensão, com os manifestantes a agredirem um indivíduo que os jovens acusaram de ser "um espião do interior da China", uma situação que se repete, após dois casos que se verificaram durante os protestos no aeroporto internacional de Hong Kong.

Mais de 1,7 milhões de pessoas manifestaram-se hoje, informou o movimento pró-democracia que tem liderado os grandes protestos contra a lei da extradição, desde o início de junho.

Este é o segundo maior protesto desde que as manifestações começaram em junho.

Em 09 de junho, a organização contabilizou um milhão de pessoas, em 12 de junho meio milhão e em 16 de junho dois milhões, praticamente um terço da população de Hong Kong.

A grande adesão lançou o caos no centro de Hong Kong, com estradas cortadas e os transportes na cidade seriamente afetados, em especial o metro e os autocarros.

A Frente Cívica de Direitos Humanos, movimento que tem liderado os protestos pró-democracia em Hong Kong, já veio dizer que o derradeiro objetivo dos protestos passa por garantir o sufrágio universal no território.

Os protestos que duram há nove semanas focaram-se inicialmente na rejeição das emendas propostas pelo Governo à lei da extradição, que permitiria a extradição de suspeitos para a China.

A lista de reivindicações tem sido alvo de ajustes.

Os manifestantes exigem a retirada definitiva da lei da extradição, a libertação dos manifestantes detidos, que as ações dos protestos não sejam identificadas como motins, um inquérito independente à violência policial, a demissão da chefe do Executivo, Carrie Lam, e sufrágio universal nas eleições para chefe do Executivo e para o Conselho Legislativo, o parlamento de Hong Kong.

O protesto visou aumentar a pressão sobre o Governo de Hong Kong, num momento em que Pequim mobilizou milhares de tropas na cidade vizinha de Schenzen, fazendo crescer os receios de uma intervenção chinesa.

Há mais de dois meses que Hong Kong é palco de protestos maciços, marcados por violentos confrontos entre manifestantes e a polícia, que tem usado balas de borracha, gás pimenta e gás lacrimogéneo.

Em 01 de julho, alguns manifestantes invadiram mesmo o parlamento de Hong Kong.

Mais recentemente, o aeroporto de Hong Kong foi palco de manifestações, com as autoridades a serem obrigadas a cancelar centenas de voos numa das infraestruturas aeroportuárias mais movimentadas do mundo.

A transferência de Hong Kong para a República Popular da China, em 1997, decorreu sob o princípio "um país, dois sistemas", precisamente o que os opositores às alterações da lei da extradição garantem estar agora em causa.

Para aquela região administrativa especiais da China foi acordado um período de 50 anos com elevado grau de autonomia, a nível executivo, legislativo e judiciário, sendo o Governo central chinês responsável pelas relações externas e defesa.

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