“É o meu herói!”. É assim que Fátima, uma menina britânica de apenas seis anos, descreve o jovem dador que lhe salvou a vida ao doar o fígado, depois de morrer com uma hemorragia cerebral.
A gratidão foi demonstrada esta semana, no programa Breakfast, transmitido pela BCC. Em estúdio, além da mãe de Fátima, Lubna, estava a mãe de Tom, o jovem que salvou não só a criança de quem lhe falamos como também outras 49 pessoas.
Tom, contou a mãe Lisa, tinha aos 22 anos uma vida “perfeita”. Trabalhava em Londres como agente imobiliário, tinha um grande apartamento e uma “linda” namorada. Contudo, a vida pregou-lhe uma partida e, ao ser atingido com um taco de hóquei, sofreu uma hemorragia cerebral.
O caso remonta a dezembro de 2015. Logo que chegou ao hospital, os médicos confirmaram que Tom tinha sofrido ferimentos demasiado graves para recuperar. E informaram os pais.
Lisa revela que nem pensaram duas vezes em doar os órgãos do filho, visto que este já tinha tomado essa decisão aos 18 anos, ao inscrever-se como dador.
Passados quase quatro anos do acidente, Lisa ainda se emociona ao falar do filho, mas revela com orgulho que Tom salvou a vida a 50 pessoas ao doar os órgãos.
Durante o programa de televisão, Fátima agradeceu a Lisa por ter aceitado o desejo do filho e deu-lhe um desenho, feito por ela e inspirado no seu “herói”.
Lisa acabou por revelar que, oito semanas depois de o filho morrer, o marido também morreu como uma septicemia (infeção generalizada) e que foi difícil ultrapassar estes dois choques. Contudo, com a ajuda da filha, Pippa, focou todas as suas forças em criar uma instituição de caridade – a Tom Wilson Memorial Fund - , para contar a história do filho e ajudar a sensibilizar a população para a doação de órgãos.