Meteorologia

  • 19 ABRIL 2024
Tempo
16º
MIN 14º MÁX 21º

Ataques aéreos matam 11 civis no norte da Síria

Onze civis, entre os quais uma mulher e duas crianças, morreram hoje nos ataques aéreos do regime e da Rússia no nordeste da Síria que atingiram um campo de deslocados nesta região, denunciou hoje uma organização não governamental.

Ataques aéreos matam 11 civis no norte da Síria
Notícias ao Minuto

20:18 - 17/08/19 por Lusa

Mundo Síria

Segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), que tem uma vasta rede de fontes na Síria, os ataques realizados à aldeia de Dayr Sharqi, na província de Idlib, mataram uma mulher e os seus seis filhos, com idades entre 04 e 18 anos.

Um fotógrafo que trabalha para a agência AFP viu um homem a carregar um corpo de uma menina que estava a sangrar da cabeça por ter sido atingida durante os raides aéreos contra a aldeia de Dayr Sharqi.

Um cadáver de uma criança coberto de pó foi retirado dos escombros e os socorristas tentaram retirar outro corpo.

Segundo a OSDH, outros quatro civis morreram nos ataques aéreos perpetrados pelos russos noutras localidades da província de Idlib.

Desde o final de abril, centenas de pessoas foram mortas na região de Idleb, dominada pelo grupo jihadista Hayat Tahrir Al-Sham (HTS, antigo ramo sírio da Al Qaeda) e que foi bombardeada por Damasco e Moscovo.

Na sexta-feira, 15 civis, dos quais seis crianças, morreram nos raides aéreos realizados por Damasco e Moscovo, nomeadamente sobre um campo de deslocados no sul de Idleb, segundo a OSDH.

Referindo-se aos ataques contra o campo de deslocados, o Ministério dos Negócios Estrangeiros francês condenou, em comunicado, os "ataques aéreos indiscriminados efetuados a Idlib pelo regime e pelos seus aliados" e pediu "uma suspensão imediata das hostilidades".

Um dos porta-vozes da ONU em Amã, David Swanson, manifestou à AFP a "grande preocupação", com "o regresso da violência" ao noroeste da Síria.

O mesmo elemento lamentou "os confrontos incessantes, bombardeamentos e ataques aéreos e o uso de explosivos em Idlib, no oeste de Aleppo e no norte de Hama, danificando escolas, hospitais e outras infraestruturas vitais para os civis, além de impedirem a ajuda humanitária".

Durante vários dias, as forças pró-regime avançaram no terreno e esperam retomar a cidade de Khan Cheikhoun, localizada na estrada que atravessa a província de Idleb e que liga Damasco a Aleppo (norte), ambas sob controlo do governo.

Desde janeiro que HTS controla a maior parte da província de Idleb e zonas das províncias vizinhas de Hama, Aleppo e Latakia, onde grupos rebeldes estão presentes.

A região de Idlib foi considerada "zona desmilitarizada", num acordo alcançado em setembro de 2018 entre Ancara e Moscovo, mas que acabou por ser parcialmente aplicado, uma vez que os jihadistas se recusaram a retirar-se.

Desde abril, os ataques do regime e da Rússia mataram mais de 850 civis, segundo a OSDH.

Já a ONU fala ainda em mais de 400.000 pessoas deslocadas, o que a leva a temer uma "catástrofe humanitária".

Recomendados para si

;
Campo obrigatório