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China "não vai ficar de braços cruzados" se situação se descontrolar

Pequim "não vai ficar de braços cruzados" se a situação em Hong Kong se tornar "incontrolável" e dispõe de "meios e força suficiente para reprimir rapidamente distúrbios", assegurou hoje o embaixador da China no Reino Unido.

China "não vai ficar de braços cruzados" se situação se descontrolar
Notícias ao Minuto

13:41 - 15/08/19 por Lusa

Mundo Hong Kong

"Se a situação continuar a deteriorar-se e os distúrbios se tornarem incontroláveis para o governo [de Hong Kong], o governo central não vai ficar de braços cruzados", disse Liu Xiaming numa conferência de imprensa em Londres.

A afirmação foi feita numa altura em que forças chinesas, aparentemente da polícia militar, se concentraram em Shenzen, a menos de 10 quilómetros de Hong Kong.

"Gostaria de repetir que Hong Kong faz parte da China. Nenhum país estrangeiro deve interferir [...]. Pedimos às potências estrangeiras que respeitem a soberania chinesa", disse o embaixador.

Liu acusou ainda a imprensa de "desinformar o público", confundindo "o bom e o mau".

"Este extremismo levou a ataques à polícia, assaltos a edifícios e à paralisação do aeroporto. O Reino Unido permitiria que manifestantes ocupassem o aeroporto, obstruindo o tráfego e perturbando a ordem social?", questionou.

Hong Kong vive um clima de contestação social desencadeado por uma iniciativa do governo do território de promulgar uma alteração à lei da extradição que permitiria a extradição de suspeitos de crimes para a China continental.

A proposta foi, entretanto, suspensa, mas as manifestações generalizaram-se e denunciam aquilo que os manifestantes afirmam ser uma "erosão das liberdades" na antiga colónia britânica, enquanto pedem a demissão da chefe do executivo local, Carrie Lam, e a eleição de um sucessor por sufrágio universal direto, e não nomeado pelo governo central.

A transferência de Hong Kong e Macau para a República Popular da China, em 1997 e 1999, respetivamente, decorreu sob o princípio de "um país, dois sistemas", o que os manifestantes consideram estar posto em causa.

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