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Greta partiu hoje do Reino Unido rumo aos EUA num veleiro ecológico

A jovem ativista sueca Greta Thunberg, que luta por uma ação concertada contra o aquecimento global, partiu hoje rumo a Nova Iorque a bordo de um veleiro, sem emissão de carbono, comandado por um membro da família real monegasca.

Greta partiu hoje do Reino Unido rumo aos EUA num veleiro ecológico
Notícias ao Minuto

18:21 - 14/08/19 por Lusa

Mundo Greta Thunberg

Segundo a agência France Presse, a embarcação deixou o porto de Plymouth, no sul de Inglaterra, às 15h00, para uma travessia de duas semanas, que levará a jovem ativista pelo clima aos EUA, onde vai participar numa cimeira mundial das Nações Unidas, que acontece em setembro em Nova Iorque, onde a ONU tem sede.

A sueca de 16 anos, na origem de um movimento mundial de estudantes, que se uniram numa greve climática para pressionar a ação dos Governos em defesa do clima, recusou-se a viajar de avião, devido à poluição que provoca, e procurou uma alternativa ambientalmente sustentável, tendo optado por viajar de barco, num veleiro completamente ecológico, equipado com painéis solares e turbinas submersas que geram eletricidade sem dióxido de carbono.

O barco, Malizia II, foi cedido gratuitamente para a viagem pelo filho da princesa Carolina do Mónaco, Pierre Casiraghi.

A viagem promete ser difícil para "a novata" Greta Thunberg, mas antes de partir afirmou sentir-se pronta para enfrentar os enjoos e a falta de conforto.

"Sou uma das raras pessoas no mundo que pode fazê-lo, então devo aproveitar a ocasião", declarou aos jornalistas antes da partida, vestida com o equipamento negro da tripulação do barco.

Concebido para regatas oceânicas, o barco pode atingir os 30 nós (70 Km/hora), mas o capitão conta navegar mais devagar, porque "o objetivo é chegar sãos e salvos a Nova Iorque", conforme explicou à AFP Boris Herrmann.

Antes da cimeira da ONU a 23 de setembro, Greta Thunberg vai participar em manifestações de jovens e depois seguirá para o Canadá, México e Chile, para uma outra conferência da ONU em dezembro.

"Ainda não sei como vou voltar para casa", disse a jovem ativista.

Greta Thunberg disse ainda aos jornalistas antes de partir que nos EUA "muitas pessoas não compreendem e não aceitam a ciência", mas que vai simplesmente fazer o que sempre fez: "ignorá-los e simplesmente dizer o que diz a ciência".

O seu objetivo é criar um movimento mundial que una as pessoas e as leve a pressionar os dirigentes políticos.

Do seu ponto de vista há motivos para estar otimista, uma vez que "a mentalidade de muitas pessoas evolui", e "mesmo que não seja suficiente e rápido o suficiente" entende que já é qualquer coisa.

No entanto, garante que não tem nada a dizer ao presidente americano, Donald Trump.

Na viagem, a jovem vai estar acompanhada pelo pai, por um cineasta e por Pierre Casiraghi, neto do falecido rei do Mónaco, Rainer III.

Durante o próximo ano, Greta Thunberg vai fazer uma pausa nos seus estudos para continuar a consciencialização sobre as mudanças climáticas e pressionar os líderes mundiais a intensificar os esforços para conter o aquecimento global.

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