Timor analisa interconexão elétrica com a Indonésia e uso de gás natural
O Governo timorense analisou hoje a possibilidade da interconexão elétrica com a indonésia e de medidas como o uso de GNL que podem cortar em 30% os custos energéticos do país, anunciou o executivo.
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Mundo Governo
Um estudo sobre essa interconexão foi apresentado hoje na reunião do Conselho de Ministros pelo ministro das Obras Públicas, Salvador Soares dos Reis Pires, e por especialistas em energia do Banco Mundial.
"O estudo apresenta ainda recomendações para a troca da fonte energética utilizada nas centrais elétricas, passando do gasóleo para óleos combustíveis pesados ou Gás Natural Liquefeito (GNL), o que poderá representar uma redução de custos de 30% por ano", refere o Governo em comunicado.
O estudo hoje apresentado, explica-se no comunicado, "apresenta as possíveis vantagens da interconexão regional dos sistemas de energia elétrica, com a possibilidade de Timor-Leste comercializar eletricidade com a Indonésia, ao exportar o seu excedente para Timor Ocidental que tem capacidade insuficiente".
Atualmente, o sistema elétrico timorense é garantido através de centrais elétricas a diesel, o que representa um custo significativo para os cofres do Estado.
O Orçamento Geral do Estado (OGE) para este ano, por exemplo, destina 88,7 milhões de dólares (79,6 milhões de euros) para "a compra de combustível e a manutenção de geradores elétricos em Hera e Betano", duas localidades respetivamente na costa norte e na costa sul do país.
"O GNL, além da redução de custos, é igualmente uma fonte energética menos poluente e mais eficiente", sublinha.
O Governo deu poderes a Salvador Soares para iniciar estudos de viabilidade de projeto e para iniciar negociações "com entidades relevantes do Governo Indonésio para a interconexão regional".
O comunicado não define um calendário para o projeto.
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