Teste da polícia nos EUA confundiu cocó de pássaro com cocaína

Este é o mais recente exemplo da falta de fiabilidade dos kits de testes a drogas da polícia norte-americana.

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Fábio Nunes
13/08/2019 12:06 ‧ 13/08/2019 por Fábio Nunes

Mundo

EUA

No passado dia 31 de julho, os agentes da polícia de Saluda County, em South Carolina, mandaram parar o carro onde seguia o quarterback da Georgia Southern University, Shai Werts, por excesso de velocidade. Os agentes depararam-se depois com uma substância no capot do veículo e insistiram que se tratava de cocaína.

Werts, de 21 anos, disse desde logo que era cocó de pássaro, como ficou registado pela câmara do carro da polícia. “Não se parece nada com cocó de pássaro (…) Só se o pássaro inalou cocaína”, respondeu um dos agentes da polícia. Fizeram o teste para verificar se era droga e deu positivo para cocaína.

Shai Werts foi detido e acusado de posse de droga. O The Washington Post refere que quando foi informado do resultado do teste, Werts ficou incrédulo. “Não tenho qualquer razão para vos mentir sobre cocaína. Eu jogo futebol americano, por isso não consumo cocaína”, tentou explicar.

O caso fez manchetes de jornais, o quarterback foi suspenso pela equipa e sua reputação foi manchada. A verdade só foi reposta na passada quinta-feira, quase uma semana depois. Os procuradores de South Carolina anunciaram que as acusações contra Werts seriam retiradas.

“Fui informado que os resultados do teste foram revelados e que não foi encontrada qualquer substância ilegal”, disse Al Eargle, procurador de Saluda County. O teste revelara-se falso. Werts foi reintegrado na equipa e o seu advogado já revelou que o jogador pretende receber um pedido de desculpas da polícia de Saluda County.

Este está longe de ser um dos primeiros casos de testes falsos nos Estados Unidos. Os kits para testar substâncias da polícia norte-americana tem-se destacado pela falta de fiabilidade. Nos últimos anos foram registados casos de falsos positivos para donuts, desodorizantes e até para rebuçados.

O caso de Werts até se resolveu rapidamente, mas noutros casos pessoas inocentes chegaram a passar meses na prisão devido a falsos positivos.

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