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Cancelada ligação entre Macau e Aeroporto Internacional de Hong Kong

A ligação marítima entre Macau e o aeroporto internacional de Hong Kong, efetuada habitualmente ao início da noite, foi cancelada, anunciaram as autoridades do território.

Cancelada ligação entre Macau e Aeroporto Internacional de Hong Kong
Notícias ao Minuto

12:09 - 12/08/19 por Lusa

Mundo Protestos

Em comunicado, a Direção dos Serviços de Assuntos Marítimos e de Água (DSAMA) indicou que a ligação direta das 19h45 (12h45 em Lisboa) entre o Terminal Marítimo de Passageiros do Porto Exterior (Macau) e o Aeroporto Internacional de Hong Kong (HKIA) não se vai realizar, na sequência da decisão das autoridades de Hong Kong de cancelarem voos com partida da região administrativa especial chinesa.

"A última viagem" com destino ao HKIA "partiu do Terminal Marítimo de Passageiros da Taipa às 15h55", informou a DSAMA.

A Autoridade Aeroportuária da Região Administrativa Especial de Hong Kong anunciou, ao início da tarde, que todos os voos previstos para hoje com partida do HKIA foram cancelados, depois de milhares de manifestantes antigovernamentais terem invadido aquele que é um dos aeroportos mais movimentados do mundo.

Os aviões que estão no ar com destino a Hong Kong continuam a ter permissão para aterrar, mas os restantes foram também cancelados, acrescentou.

A manifestação marcou o quarto dia consecutivo de protestos no centro da ilha de Lantau, após mais um fim de semana de confrontos entre a polícia e manifestantes em vários pontos da cidade, que resultaram em vários feridos e em pelo menos 16 detenções, que ultrapassam as 600 desde o início de junho.

A contestação social começou em junho, desencadeada pela apresentação de uma proposta de alteração à lei da extradição, que permitiria ao Governo e aos tribunais da região administrativa especial a extradição de suspeitos de crimes para jurisdições sem acordos prévios, como é o caso da China continental.

A proposta foi, entretanto, suspensa, mas as manifestações generalizaram-se e denunciam agora aquilo que os manifestantes afirmam ser uma "erosão das liberdades" na antiga colónia britânica, reivindicando também medidas para a implementação do sufrágio universal.

Desde meados de junho que os manifestantes exigem a demissão da atual chefe do Governo, um inquérito independente à violência policial e a libertação dos detidos ao longo dos protestos.

A transferência de Hong Kong e Macau para a República Popular da China, em 1997 e 1999, respetivamente, decorreu sob o princípio de "um país, dois sistemas", precisamente o que os opositores às alterações da lei garantem estar agora em causa.

Para as duas regiões administrativas especiais da China foi acordado um período de 50 anos com elevado grau de autonomia, a nível executivo, legislativo e judiciário, sendo o Governo central chinês responsável pelas relações externas e defesa.

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