Várias personalidades que marcaram presença na Google Camp – uma ‘cimeira’ organizada pela tecnológica norte-americana este ano dedicada à discussão sobre questões ambientais – estão debaixo de fogo. Isto porque, para se deslocarem até Palermo, em Itália, onde decorreu o encontro, recorreram a meios de transporte... poluentes. Este facto levou a acusações de hipocrisia nas redes sociais, tendo em conta o tema em debate.

De acordo com o Giornale di Sicilia, foram 114 os jatos privados que voaram até ao aeroporto Palermo Falcone Borsellino, aquele que se situa mais junto ao Verdura Resort, onde os convidados - entre eles Barack Obama, Leonardo DiCaprio, Mark Zuckerberg e o Príncipe Harry - ficaram hospedados.

Houve ainda quem optasse por viajar de iate privado e de helicóptero, ‘contribuindo’ assim para o aumento das emissões de dióxido de carbono.

The hypocrisy of all these celebrities and billionaires that are travelling to a climate change summit in their private jets!The fact that Google spent $20bn on this initiative just shows that they'd rather look the part than be the part! Put that money INTO ACTION!not a parade!

— R (@rahilkn) August 1, 2019

Já a Euronews calculou a ‘pegada’ deixada pelas viagens para chegar à conclusão que apenas “um voo de Nova Iorque para Palermo, na Sicília, gera cerca de 4,24 toneladas métricas de dióxido de carbono”. “É o equivalente a 540.652 smartphones a serem carregados ao mesmo tempo”, acrescentam.

Mas se há quem acuse os famosos de se deslocarem em veículos nada amigos do ambiente para uma conferência que pretendia encontrar respostas para uma crise climática, a jornalista Maeve Campbell escreve, no seu artigo na Euronews que, apesar da ‘pegada’ deixada, o facto de juntar tantos famosos num local a discutir esta temática poderá fazer com que se fale mais no assunto e algo mude para melhor.

“Centrar este evento importante nas mudanças climáticas é um passo na direção certa. Particularmente tendo em conta o número de figuras influentes que marcaram presença”, refere.

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