Bolsonaro chama "herói nacional" a coronel condenado por tortura
Para o presidente brasileiro, o coronel "evitou que o Brasil caísse naquilo que a esquerda hoje em dia quer".
© Getty Images
Mundo Jair Bolsonaro
Jair Bolsonaro elogiou esta quinta-feira o coronel Brilhante Ustra, o chefe do DOI-Codi, um órgão de repressão política no tempo da ditadura militar. Segundo o G1, o líder brasileiro até chamou o coronel Ustra de "herói nacional".
Ustra que morreu em 2015, aos 83 anos, foi condenado em 2008 no decurso de um processo de tortura durante a ditadura. Em 2012, o coronel foi condenado a pagar uma indemnização por danos morais à esposa e à irmã de Luiz Merlino, um jornalista assassinado em 1971.
Quando estava a sair da sua residência oficial, o Palácio da Alvorada, Bolsonaro falou aos jornalistas sobre o almoço que tinha marcado para hoje com Maria Ustra, a viúva do coronel. Momento no qual teceu elogios ao homem que chefiou o DOI-Codi entre 1970 e 1974.
"Um herói nacional que evitou que o Brasil caísse naquilo que a esquerda hoje em dia quer", sublinhou Bolsonaro.
Durante o período em que Ustra esteve à frente do DOI-Codi, foram registadas 45 mortes e vários desaparecimentos de opositores da ditadura, de acordo com o relatório divulgado pela Comissão Nacional da Verdade.
O coronel negou ter cometido quaisquer atos de violência contra presos políticos.
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