Num comunicado, a Paz Agora indica que a aprovação segue um complexo processo, adiantando que neste caso esteve a cargo de um comité de planificação do Ministério da Defesa e diz respeito a 2.304 unidades, 1.466 das quais estão na primeira fase de aprovação.

O organismo também regularizou os colonatos de Givat Salit, no vale do Jordão, de Ibei Hanahal, a sudeste de Belém, e de Haroeh Haivri, a leste de Jerusalém, que tinham sido construídos sem autorização do governo, embora com a sua conivência.

Segundo a ONG, 88% das habitações aprovadas situam-se em colonatos que deveriam ser evacuados se se chegasse a um acordo com os palestinianos sob a solução dos dois Estados, Israel e Palestina, lado a lado.

"O sinal verde dado a estas construções faz parte de uma política desastrosa do governo, visando dificultar a possibilidade de paz e de uma solução de dois Estados, anexando uma parte ou a totalidade da Cisjordânia", refere a Paz Agora que se opõe ao desenvolvimento dos colonatos.

Na segunda-feira, a Igreja Ortodoxa Grega informou ter processado novamente um grupo de colonos para contrariar uma decisão do Supremo Tribunal que manteve a venda de três propriedades em zonas predominantemente palestinianas da Cidade Velha de Jerusalém.

O Patriarcado indicou num comunicado ter "provas claras" de corrupção na venda em 2004 das propriedades, incluindo dois hotéis administrados por palestinianos.

O grupo israelita procura aumentar a presença judaica em áreas palestinianas da contestada "cidade santa".

A maioria dos cristãos ortodoxos em Jerusalém são palestinianos e a venda das propriedades a israelitas provocou indignação.

A colonização israelita ocorreu sob todos os governos do Estado hebreu desde que este ocupou a Cisjordânia e Jerusalém Oriental em 1967.

Segundo dados da Paz Agora, na última década, durante o governo de Benjamin Netanyahu, foram construídas 19.346 habitações nos colonatos, considerados ilegais pelo direito internacional.

Mais de 600.000 colonos israelitas vivem nos territórios ocupados, juntamente com perto de três milhões de palestinianos.

O mês passado, Netanyahu, que disputa legislativas em setembro, prometeu numa mensagem dirigida aos colonos que nenhum colonato será desmantelado na Cisjordânia.

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