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Trump fala pela primeira vez em "terrorismo doméstico" mas culpa internet

Donald Trump dirigiu-se esta manhã de segunda-feira à nação no rescaldo de um fim de semana onde tiveram lugar dois ataques armados com uma diferença de 14 horas e um balanço de pelo menos 30 mortes.

Trump fala pela primeira vez em "terrorismo doméstico" mas culpa internet

O presidente dos Estados Unidos usou esta segunda-feira, pela primeira vez, as palavras "terrorismo doméstico" e "crimes de ódio", no rescaldo dos tiroteios ocorridos este fim de semana nos estados do Texas e do Ohio, e depois de uma semana particularmente trágica, com quatro tiroteios registados em solo americano.

"A uma só voz, a nossa nação tem que condenar o racismo, a xenofobia e a supremacia branca. Estas ideologias sinistras devem ser derrotadas", indicou o líder republicano, pouco antes de revelar que ordenou à polícia federal norte-americana (FBI) para "investigar e interromper crimes de ódio e terrorismo doméstico".

Estas declarações - inéditas, tendo em conta a posição usualmente mais cautelosa do presidente no que respeita a tiroteios e à sua ligação com questões de saúde mental, controlo de armas ou supremacia branca - foram seguidas por uma crítica à internet e às redes sociais.

"Temos que reconhecer que a internet é uma avenida perigosa para radicalizar mentes perturbadas e levar a cabo atos dementes", afirmou, pedindo que se "coloque uma luz sobre os cantos mais escuros da internet", onde são realizados crimes ligados ao "tráfico humano" ou ao "tráfico de drogas". "Os perigos da internet e das redes sociais não podem ser ignorados", acrescentou.

Donald Trump pediu ainda "medidas concertadas" para impedir este tipo de ataque, relembrando o "monstro de Parkland", na Flórida, que já tinha manifestado "sinais de perigo" mas que "ninguém tomou ações decisivas, ninguém fez nada".

"Em segundo lugar, temos que parar de glorificar a violência na nossa sociedade. Isto inclui os horrendos jogos de vídeo que são agora comuns. É demasiado fácil, hoje em dia, que jovens problemáticos se rodeiem de uma cultura que celebra a violência", continuou o chefe de Estado.

A saúde mental foi, também, mencionada. "Temos que reformar as nossas leis de saúde mental para melhor identificar indivíduos com problemas mentais, que podem cometer atos de violência", indicou.

"As doenças mentais e o ódio puxam o gatilho, não a arma", rematou, falando na possibilidade de reforma também nas leis de armas, sem especificar.

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