Turquia pede a EUA para acabar colaboração com milícia curda na Síria
A Turquia voltou hoje a pedir aos Estados Unidos para que deixem de apoiar uma milícia curda no norte da Síria, numa altura em que Washington tenta impedir uma ofensiva de Ancara contra aquele grupo.
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Mundo Síria
"Esperamos dos Estados Unidos que respondam positivamente ao nosso apelo de terminarem a cooperação" com as Unidades de Proteção do Povo (YPG), grupo de combatentes curdos, declarou o chefe da diplomacia turca, Mevlut Cavusoglu, numa conferência de imprensa em Ancara.
A Turquia considera as YPG como um "grupo terrorista" que ameaça a sua segurança nacional, devido aos laços que mantém com o ilegalizado Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), mas os Estados Unidos e outros países ocidentais, como a França, apoiaram os curdos no seu combate contra os 'jihadistas' do grupo Estado Islâmico (EI).
As declarações de Cavusoglu ocorreram quando responsáveis turcos e norte-americanos discutiam em Ancara a eventual criação de uma "zona de segurança" no norte da Síria, para separar a fronteira turca de certas posições das YPG.
Nos últimos dias, a Turquia afirmou várias vezes que, se as propostas norte-americanas não forem "satisfatórias", lançará uma operação na Síria para criar a "zona de segurança" unilateralmente.
No domingo, o presidente Recep Tayyip Erdogan ameaçou lançar uma ofensiva contra as posições das YPG no leste do Eufrates.
"Entrámos em Afrin, Jarablus e Al-Bab. Iremos agora para o leste do Eufrates", declarou Erdogan, numa referência a localidades tomadas por rebeldes sírios apoiados pela Turquia.
Nas últimas semanas, os media turcos deram conta do envio de veículos militares e de unidades de comandos para localidades turcas junto à fronteira síria.
Desencadeada em 2011, a guerra na Síria já causou mais de 370 mil mortos e milhões de deslocados e refugiados.
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