À margem de uma reunião do Ministério, o chefe da diplomacia iraniana, Mohammad Javad Zarif, indicou que Pompeo "não precisa de ir ao Irão".
O ministro dos Negócios Estrangeiros do Irão sugeriu ao secretário de Estado dos EUA que concedesse vistos para repórteres iranianos viajarem para os Estados Unidos e entrevistá-lo, acusando-o de ter rejeitado os seus pedidos.
"Nós não temos medo de que (Zarif) venha à América, onde desfruta do direito de falar livremente", escreveu Mike Pompeo na sua conta da rede social Twitter na segunda-feira.
"Os factos do regime (de Khamenei) são tão maus que não pode deixar-me fazer o mesmo em Teerão?", questionou Pompeo referindo-se ao supremo líder iraniano, o ayatollah Ali Khamenei.
"E se o seu povo ouvisse a verdade, sem filtro, integralmente?", acrescentou o secretário de Estado norte-americano.
Os Estados Unidos reforçaram a sua presença militar na zona do Golfo desde que o Irão anunciou que iria proceder a um aumento dos níveis de enriquecimento do urânio, após Donald Trump ter decidido o rompimento do acordo nuclear, em 2018, impondo sucessivas sanções económicas.
O Governo norte-americano tem dito que não quer entrar em guerra com o Irão e que as sanções impostas procuram apenas deter os planos nucleares iranianos.
Contudo, estas intenções têm sido intercaladas com ameaças em que o Presidente dos EUA diz que devastará o Irão se algum interesse norte-americano for atingido, logo após um 'drone' das Forças Armadas dos Estados Unidos ter sido abatido no Golfo.