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Amnistia Internacional denuncia condições desumanas de presos no Egito

A Amnistia Internacional denunciou hoje que 130 reclusos de uma prisão egípcia estão em greve de fome há mais de seis semanas em protesto contra o que consideram "condições cruéis e desumanas de detenção".

Amnistia Internacional denuncia condições desumanas de presos no Egito
Notícias ao Minuto

11:54 - 31/07/19 por Lusa

Mundo Amnistia Internacional

O grupo de defesa dos direitos humanos pediu hoje às autoridades que investiguem as alegações dos prisioneiros sobre tortura e outros abusos.

"As autoridades egípcias devem acabar imediatamente com as condições de detenção cruéis e desumanas e permitir visitas familiares regulares à prisão de segurança máxima de al-Aqrab, em Tora", apela a organização.

"A combinação de condições de detenção imundas e desumanas e a negação de visitas familiares e acesso a advogados criaram uma situação insuportável para os detidos", afirmou a subdiretora da Amnistia para o Médio Oriente e Norte de África, Magdalena Mughrabi.

Muitos dos que estavam em greve foram presos há mais de dois anos e não puderam receber uma única visita de suas famílias ou advogados, acrescentou.

Os presos estão numa prisão do Cairo conhecida como 'Scorpion' (Escorpião), onde várias figuras políticas têm sido detidas na sequência da repressão de dissidentes que tem decorrido nos últimos anos.

As autoridades terão respondido à greve de fome - que começou em 17 de junho - espancando-os e aplicando-lhes choques elétricos com 'tasers', segundo um comunicado divulgado pelos detidos e citado pela Amnistia Internacional.

Além disso, também terão punido alguns deles com medidas disciplinares para que suspendessem o protesto e pelo menos 10 grevistas foram vendados e transferidos para celas especiais, das quais não podem sair o dia todo, acrescenta o comunicado.

"As autoridades egípcias levaram vários detidos de al-Aqrab ao ponto de rutura", acusou Magdalena Mughrabi, concluindo que, neste momento, a situação dos detidos "é insuportável".

A Associated Press tentou obter uma reação do ministro do Interior do Egito, mas não conseguiu qualquer resposta.

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