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China detém em local incerto ativista pelos direitos humanos

A Amnistia Internacional (AI) denunciou hoje que as autoridades chinesas mantêm a ativista pelos Direitos Humanos Chen Jianfang em confinamento solitário, desde a sua detenção em 20 de março.

China detém em local incerto ativista pelos direitos humanos
Notícias ao Minuto

08:57 - 31/07/19 por Lusa

Mundo Ativista

A polícia não esclareceu até à data o motivo ou onde está detida, mas Chen deverá ser acusada de "subversão do poder do Estado", acusação frequentemente usada no país contra ativistas e dissidentes.

A lei chinesa estabelece que a polícia pode manter suspeitos de crimes contra a segurança nacional, ou acusados de terrorismo e subornos, num local secreto, até um período máximo de seis meses, um regulamento que em muitos casos se aplica a dissidentes ou ativistas.

A AI escreve que Chen não foi autorizada a contratar um advogado da sua escolha ou receber visita de familiares, o que sugere que "corre sérios riscos de ser torturada e sofrer outros maus-tratos".

A sua prisão pode dever-se a um artigo que publicou seis dias antes de ser detida, em comemoração do quinto aniversário desde a morte da sua amiga, a advogada e ativista Cao Shunli.

A AI relata que Chen e o seu marido foram presos na manhã de 20 de março, sem serem formalmente acusados.

O homem foi libertado sob fiança em 3 de abril, mas desde então as forças de segurança mantiveram a sua casa sob vigilância e pressionaram familiares e vizinhos a não comentarem a situação de Chen, segundo a AI.

Em junho passado, o advogado de Chen questionou as autoridades sobre o caso, mas eles recusaram fornecer informações, alegando que ele não era um representante legal válido.

A organização exige que as autoridades chinesas libertem Chen imediata e incondicionalmente, considerando que é uma "prisioneira de consciência que foi privada da sua liberdade apenas por exercer os seus direitos humanos de maneira pacífica".

A ativista sofre perseguição policial desde o início do ano 2000, quando começou a reivindicar indemnização das autoridades, depois de áreas para cultivo fora de Xangai, onde morava, terem sido expropriadas, para construção de empreendimentos imobiliários.

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