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Autoridades da RD Congo confirmam segundo caso de Ébola na cidade de Goma
As autoridades da República Democrática do Congo (RD Congo) confirmaram hoje um segundo caso de Ébola em Goma, capital da província de Kivu do Norte, na qual residem mais de um milhão de pessoas e que faz fronteira com o Ruanda.
© Reuters
Mundo Ébola
"As nossas equipas de resposta acabam de detetar e isolar um segundo caso hoje e, 'a priori', sem relação com o primeiro", anunciaram as autoridades congolesas num comunicado emitido por funcionários locais e especialistas sanitários.
De acordo com as primeiras informações, o paciente é um homem adulto que chegou a Goma sem sintomas por volta do passado dia 13, procedente de uma zona mineira de Ituri, e os primeiros sinais foram detetados há uma semana.
Atualmente, o paciente está num centro de tratamento da cidade.
Este é o segundo caso de Ébola detetado em Goma, uma cidade que se encontra a cerca de 350 quilómetros do epicentro da epidemia e mesmo ao lado do Ruanda.
O primeiro caso em Goma foi um pastor evangelista que chegou de autocarro à cidade e morreu em 16 de julho quando era transferido para um centro de tratamento da localidade de Butembo.
Perante o grave risco de que o Ébola se expanda por este grande núcleo urbano, que também é um importante ponto de passagem perto do lago Kivu, as autoridades da RD Congo asseguraram que já estão a tomar todas as medidas de precaução necessárias.
Contudo, o surto continua sem controlo na zona nordeste do país e já se cifra, segundo a Organização Mundial da Saúde, em 2.671 pessoas contagiadas, das quais 1.790 morreram.
A epidemia está localizada nas províncias de Kivu do Norte e Ituri e já se converteu na pior da história da RD Congo e na segunda mais grave do mundo, apenas ultrapassada pela verificada na África Ocidental em 2014, com mais de 11.000 mortos.
Na quinta-feira, dia 01 de agosto, fará um ano desde que o surto foi declarado, cuja mitigação é especialmente complicada dada a grande desconfiança social e ao facto de na zona operarem mais de uma centena de grupos armados.
Trata-se, de facto, da primeira vez que o Ébola afeta uma zona em conflito.
O vírus do Ébola transmite-se através do contacto direto com sangue e os fluidos corporais contaminados, provoca febre hemorrágica e pode chegar a alcançar uma taxa de mortalidade de 90% se não é tratado a tempo.
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