Cientistas descobriram como evoluiu o dragão-de-komodo
Cientistas sequenciaram o genoma (informação genética) do dragão-de-komodo, o maior lagarto do mundo que vive na Indonésia, foi hoje divulgado.
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Mundo Dragão-de-komodo
Investigadores da Universidade da Califórnia, em São Francisco, Estados Unidos, estudaram o ADN (material genético) do réptil, estabeleceram a primeira sequenciação genética em alta resolução e determinaram a forma como evoluiu o animal.
No trabalho, publicado hoje na revista Nature Ecology & Evolution, os cientistas identificaram vários genes relacionados com a função das mitocôndrias, "os centros de poder de energia das células", que controlam a qualidade da função do coração e de outros músculos.
O estudo assinala que o dragão-de-komodo, apesar de ter sangue frio, apresenta um metabolismo similar ao dos mamíferos que lhe permitiu ganhar grande velocidade e resistência ao esforço.
Ao contrário de outros tipos de lagartos, que "rapidamente ficam exaustos após esforços físicos", os dragões-de-komodo podem nadar, correr ou caminhar largas distâncias, de acordo com a investigação, que analisou o ADN de dois exemplares da espécie provenientes do zoo de Atlanta, incluindo amostras de sangue.
"As nossas análises revelam que, nos dragões-de-komodo, muitos dos genes que intervêm na forma como as células produzem e utilizam a energia mudaram rapidamente para aumentar a sua capacidade aeróbica", refere uma das coautoras do estudo, Abigail Lind.
O segredo do desempenho físico destes lagartos está, segundo o estudo, nas "adaptações mitocondriais" que "aumentam os resultados cardíacos".
Um dragão-de-komodo, espécie venenosa em risco, pode atingir três metros de comprimento e pesar mais de cem quilos.
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