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Médica de oposicionista russo denuncia falta de cuidados médicos

A oftalmologista de Alexei Navalny denunciou hoje que o dirigente da oposição extraparlamentar russo não está a receber cuidados médicos adequados depois de ter sido hospitalizado por alegadamente ter sido submetido "a substâncias químicas não determinadas".

Médica de oposicionista russo denuncia falta de cuidados médicos
Notícias ao Minuto

09:43 - 29/07/19 por Lusa

Mundo Alexei Navalny

A oftalmologista Anastasia Vasilieva fez a denúncia sobre o estado de saúde do líder da oposição através de um texto que publicou no blog pessoal depois de ter visitado Alexei Navalny que se encontra hospitalizado sob custódia policial.

Vasilieva acrescenta que ela e Yaroslov Ashijmin, outro médico que trata Navalny, foram impedidos de examinar o prisioneiro que segundo as autoridades russas foi hospitalizado - quando se encontrava preso - devido a "reação alérgica aguda".

"Alexei nunca sofreu de alergias", sublinha a médica que conseguiu falar com o doente apesar de não ter sido autorizada a passar da porta do quarto onde se encontra o líder da oposição.

Anastasia Vasilieva diz que, pelo que Navalny lhe contou, acredita que os sintomas correspondem a uma "dermatites e conjuntivite queratósica tóxicas agudas".

Em 2017, Navalni esteve prestes a perder a visão depois de ter sido atingido por um desinfetante misturado com uma substância tóxica que lhe provocou uma grave lesão na córnea do olho direito.

"Como médica que tratou a gravíssima queimadura que sofreu Alexei, posso afirmar com segurança que em 2017, e agora, o seu estado é resultado da ação destrutiva de substâncias químicas não determinadas", frisa Vasilieva.

A oftalmologista acusa as autoridades de estarem a impedir o acesso aos médicos particulares de Navalny para que "ninguém saiba quais foram as causas da 'doença'".

O líder oposicionista foi detido no dia 24 e condenado a 30 dias de prisão por ter apelado à participação na manifestação do passado sábado, frente ao edifício da autarquia de Moscovo, em que foram detidas mais de mil pessoas que protestavam contra o processo de impedimento a candidaturas às eleições locais.

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