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Onda de raptos em Moçambique sem impacto nos hotéis

Os hotéis moçambicanos ainda "não sentem o impacto" da vaga de sequestros e tensão militar em Moçambique, mas a maior confederação patronal já alertou para a fuga de empresários face à situação político-militar no país.

Onda de raptos em Moçambique sem impacto nos hotéis
Notícias ao Minuto

15:52 - 11/11/13 por Lusa

Mundo Operadora

Em declarações hoje à Lusa, o vice-presidente da Associação de Hotéis do Sul de Moçambique, Vasco Manhiça, disse que a agremiação "não tem dados" que relacionem uma eventual retração de turistas com a onda de sequestros e tensão militar em Moçambique.

"Ainda não tive nenhuma reserva cancelada tendo como motivo os raptos", exemplificou Vasco Manhiça, diretor geral do Pestana em Moçambique, que, no entanto, considerou "prematuro" fazer qualquer avaliação.

Em comunicado enviado à Lusa, a CTA (Confederação das Associações Económicas de Moçambique), afirma que a vaga de sequestros obrigou vários empresários a fugirem do país e a tensão militar vai provocar uma "grave crise económica".

"Vários colegas do setor empresarial já se viram obrigados a abandonar o país, familiares de trabalhadores dos grandes projetos abandonam o país. Este clima não é saudável à atração de investimentos e, por essa via, à criação do tão almejado emprego no país. Os prejuízos a nível da comunidade empresarial poderão degenerar em grave crise económica", aponta a nota de imprensa.

Os últimos dias têm sido marcados pela tensão entre a Renamo e o Governo (Frelimo) na zona central do país, com a oposição a ameaçar impedir a normal circulação na Estrada Nacional 1 (EN1), no troço Muxúnguè-Save, e na Linha Férrea de Sena, como resposta a uma ofensiva pelo exército governamental na Serra da Gorongosa, antiga base militar daquele movimento.

A agência noticiosa AFP cita alguns operadores turísticos sul-africanos a manifestarem preocupação com a situação sociopolítica e militar em Moçambique.

Mas, em contacto hoje com a Lusa, a diretora do Complexo Turístico Lunamar, Helena São Pedro, localizada na cidade da Beira, centro de Moçambique, afirmou que a unidade hoteleira pertencente ao Grupo luso-moçambicano GODIBA também não sentiu qualquer diminuição de clientes.

"Não noto diminuição alguma a nível de ocupação" disse Helena São Pedro, referindo-se a quartos no hotel vocacionado para a área de negócios, cujos clientes "na sua maioria são turistas de negócios".

O Hotel tem 42 quartos, mas a ocupação diária ronda os 60 por cento, assinalou a responsável.

Há dias, o administrador da Visabeira Moçambique, Pedro André de Sousa, apelou aos turistas para não viajarem para o Parque Nacional da Gorongosa, onde tem um empreendimento turístico, por haver riscos de a movimentação de pessoas ser comprometida.

Segundo aquele responsável, se em vários pontos de Moçambique onde a empresa tem operações não se sente qualquer restrição, nem mesmo insegurança, o mesmo não se passa no Girassol Gorongosa Lodge & Safari, que possui alojamento em cabanas e bungalows e uma área de campismo e promove várias atividades turísticas dentro do parque natural.

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