"Enquanto tiver a responsabilidade executiva do país, estamos totalmente preparados para realizar negociações justas, legítimas e baseadas no respeito e dignidade", disse Rohani, segundo um comunicado da presidência.

Durante a reunião semanal do gabinete, o presidente insistiu que tanto no passado como atualmente Teerão tem estado aberto a um diálogo "respeitoso" e o que considera "inadmissível é a rendição".

"Se a outra parte tomar medidas equilibradas e se conseguir um cessar-fogo na guerra económica, criar-se-á uma oportunidade para que dialoguemos e cheguemos a uma conclusão", adiantou.

O Irão deixou de respeitar alguns dos seus compromissos em relação ao acordo nuclear com as grandes potências (Estados Unidos, Reino Unido, França, Alemanha, Rússia e China), tendo ultrapassado o limite das reservas de urânio pouco enriquecido e o nível de enriquecimento de urânio determinado pelo pacto.

A decisão de Teerão de o fazer foi anunciada um ano depois de Washington se ter retirado unilateralmente do acordo e ter restabelecido sanções que arruínam a economia iraniana.

Os restantes signatários do pacto não têm conseguido ajudar o Irão a contornar as sanções e a beneficiar do acordo como esperava.

Rohani recordou que o seu país está em contacto com os europeus para se encontrar uma solução, lamentando que até agora não tenha sido alcançado "o ponto desejável".

O Irão deu um primeiro prazo de 60 dias aos ainda signatários do pacto para o ajudarem a contornar as sanções norte-americanas, que terminou a 7 de julho, e depois fez um segundo ultimato até setembro, ameaçando deixar de respeitar outros compromissos nucleares.

O presidente iraniano afirmou que até lá seguirá com a diplomacia, referindo entre os esforços diplomáticos a visita na terça-feira a Paris do vice-ministro dos Negócios Estrangeiros e negociador iraniano, Abbas Araghchi, que entregou uma mensagem de Rohani ao presidente francês, Emmanuel Macron.

No domingo, reúne-se em Viena em sessão extraordinária a comissão conjunta do acordo nuclear.

O pacto nuclear de 2015 limita o programa iraniano em troca do levantamento de sanções internacionais.

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