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Bolsonaro diz que "Portugal é um país irmão"

O Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, disse hoje à Lusa que considera Portugal "um país irmão", com o seu Governo a declarar que "prioriza os países de língua portuguesa" através da presença do chefe da diplomacia numa reunião da CPLP.

Bolsonaro diz que "Portugal é um país irmão"
Notícias ao Minuto

16:23 - 19/07/19 por Lusa

Mundo Presidente brasileiro

"O Brasil é um país irmão. Estamos à disposição da embaixada, como é normal e natural, para buscarmos o aprofundamento das nossas relações", afirmou o chefe de Estado em Brasília, num pequeno-almoço com a imprensa estrangeira, respondendo a uma questão da agência Lusa.

"O ministro [das Relações Exteriores] Ernesto Araújo já está em Cabo Verde, para a reunião da CPLP [Comunidade dos Países de Língua Portuguesa], e a mobilidade é uma das temáticas. A presença do chanceler lá, e não numa reunião que também tinha agendada em Buenos Aires sobre terrorismo, mostra a prioridade que o Brasil está a dar aos países de língua portuguesa e a toda a agenda em comum que temos com eles", reforçou o embaixador brasileiro Pedro Miguel Silva, secretário de Negociações Bilaterais e Regionais nas Américas.

Porém, apesar de declararem a intenção do executivo brasileiro de se envolver nas relações com a Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), nem Bolsonaro nem os membros do seu Governo responderam à questão da Lusa sobre se tomarão alguma medida ou firmarão algum acordo no que à questão da mobilidade entre países da lusofonia diz respeito.

Também não referiram quaisquer intenções no que ao "aprofundamento de relações" com Portugal diz respeito.

A XXIV reunião ordinária do conselho de ministros da organização lusófona decorre na cidade de Mindelo, na ilha cabo-verdiana de São Vicente, precisamente com o lema "A mobilidade como fator de coesão e construção de cidadania na CPLP", que é também um dos temas a discutir internamente, segundo a agenda de trabalhos.

Cabo Verde assume atualmente a presidência rotativa da CPLP e apresentou um modelo de integração comunitária que prevê estadas até 30 dias no espaço da comunidade isentas de vistos e vistos de curta temporada para profissionais, investigadores e docentes, além de autorizações de residência.

Esta proposta já foi aprovada anteriormente pelos ministros da Administração Interna da CPLP.

Sobre as relações exteriores do Brasil, Jair Bolsonaro mencionou a Rússia, afirmando que tem um "profundo respeito" pelo seu homólogo russo, Vladimir Putin, e que espera que Moscovo ajude a "resolver o problema da Venezuela".

"Eu tenho um profundo respeito por Putin. Tive agora uma rápida reunião com ele em Osaka [na cimeira do G20] e me deixou muito impressionado. Eu tenho a certeza que foi recíproco. O Brasil é aberto a acordos braços para a economia, para conversar e se aproximar com relações com o mundo todo. Nós não vamos pela ideologia, como no passado ", disse Bolsonaro em Brasília.

"Espero também que a Rússia nos ajude a resolver a questão da Venezuela", acrescentou chefe de Estado.

O governante abordou ainda a questão da entrada da Bolívia no Mercosul, frisando que o país deu "bons sinais" para o efeito, realçando o seu desejo de que partido do Presidente boliviano Evo Morales "não participe" no Fórum de São Paulo, um fórum de partidos e grupos de esquerda latino-americanos.

"A Bolívia quer entrar no Mercosul. Logicamente que poderá entrar e vamos falar sobre isso, mas vai entrar de uma forma diferente da Venezuela no passado, que foi por ideologia", afirmou.

De acordo com o mandatário, "a Bolívia está a dar sinais de que quer se afastar do Foro de São Paulo", cuja próxima edição é realizada no final de julho.

"Espero que o partido de Evo Morales não esteja presente" nesse fórum, concluiu Jair Bolsonaro.

O Foro de São Paulo (FSP) é uma organização que reúne partidos políticos e organizações de esquerda, criada em 1990, a partir de um seminário internacional promovido pelo Partido dos Trabalhadores (PT), do Brasil, que convidou outros partidos e organizações da América Latina e das Caraíbas para promover alternativas às políticas dominantes na região durante a década de 1990, chamadas de "neoliberais", e para promover a integração latino-americana no âmbito económico, político e cultura

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