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Três homens condenados à pena capital pela morte de turistas em Marrocos

Um tribunal marroquino condenou hoje à pena de morte três homens pelo assassínio de duas jovens turistas escandinavas, que foram decapitadas em dezembro em nome do grupo 'jihadista' Estado Islâmico (EI).

Três homens condenados à pena capital pela morte de turistas em Marrocos
Notícias ao Minuto

17:39 - 18/07/19 por Lusa

Mundo Pena de morte

Abdessamad Ejjoud, um vendedor ambulante de 25 anos, já envolvido em processos com a justiça e que se tornou imã clandestino, reconheceu ter decapitado uma das turistas.

Younes Ouaziyad, um carpinteiro de 27 anos, reconheceu ter morto a segunda, enquanto Rachid Afatti, de 33 anos, filmou a cena com o seu telemóvel.

Louisa Vesterager Jespersen, uma estudante dinamarquesa de 24 anos, e a sua amiga norueguesa Maren Ueland, de 28 anos, foram mortas quando acampavam no Alto Atlas, uma região montanhosa no sul de Marrocos.

Um total de 24 homens suspeitos de estarem ligados ao assassínio e/ou de pertencerem a uma célula 'jihadista' foram julgados desde o início de maio em Salé, perto de Rabat.

Os outros 21 arguidos foram condenados a penas que variam de cinco anos de prisão e prisão perpétua.

Entre eles está um hispano-suíço convertido ao Islão, condenado a 20 anos de prisão por "formar um grupo terrorista".

O tribunal também condenou os três homens considerados culpados pelo assassínio, assim como um dos seus cúmplices, a pagar dois milhões de dirhams (190.000 euros) de indemnização aos pais de Maren Ueland.

Contudo, o tribunal recusou o pedido da família de Louisa Vesterager Jespersen que reivindicou 10 milhões de dirhams (930.000 euros) do Estado marroquino pela sua "responsabilidade moral".

As condenações à morte continuam a ser pronunciadas em Marrocos, mas uma moratória é aplicada de facto desde 1993, e a sua abolição é tema de debate, com a nova Constituição aprovada em 2011 a prever explicitamente o "direito à vida".

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