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Austrália pede à China que liberte criança australiana e mãe uigur

O Governo da Austrália pediu hoje à China que deixe sair do país uma criança australiana e a sua mãe uigur, dias depois de coassinar uma carta a denunciar o tratamento infligido por Pequim àquela minoria muçulmana.

Austrália pede à China que liberte criança australiana e mãe uigur
Notícias ao Minuto

07:50 - 17/07/19 por Lusa

Mundo Minorias

A China terá enviado até um milhão de pessoas, principalmente uigures, em campos de reeducação no noroeste da província de Xinjiang. Pequim nega esse número e fala de "centros de treino vocacional" para combater a radicalização islâmica.

Camberra inicialmente negou a nacionalidade a Lutifeier, que nasceu em Xinjiang em agosto de 2017, filho de um pai australiano e de uma mãe uigur, mas acabou por reverter a sua decisão.

O pai, Sadam Abdusalam, luta há meses para que a sua mulher, Nadila Wumaier, e o filho, que ele nunca conheceu, consigam ir até à Austrália.

Hoje, a ministra dos Negócios Estrangeiros, Marise Payne, anunciou que "a embaixada [australiana] em Pequim solicitou formalmente que as autoridades chinesas permitam que Wumaier e o seu filho visitem a Austrália".

O anúncio surge após Abdusalam, na segunda-feira, ter tornado público o caso pela primeira vez, em entrevista à cadeia de televisão ABC.

O australiano disse que sua mulher foi ouvida pelas autoridades chinesas no dia seguinte à entrevista, mas entretanto libertada.

Camberra tradicionalmente evita atritos com Pequim, o seu maior parceiro comercial. Mas as tensões bilaterais aumentaram devido a preocupações com questões de segurança e a crescente presença chinesa no Pacífico.

A Austrália está entre os 22 países, incluindo o Reino Unido, França, Canadá e Japão que, na semana passada, escreveram a altos funcionários da ONU a denunciar a detenção arbitrária de minorias étnicas na China.

A embaixada da China na Austrália criticou o programa emitido pela ABC, classificando o seu conteúdo como "mentiras, distorções e preconceitos".

Abdusalam disse que estava "muito feliz" por a Austrália ter decidido agir, mas pediu um maior esforço diplomático.

"Vou continuar a pressionar a China e o Governo australiano", disse à agência de notícias France-Presse.

"A 31 de agosto, [Lutifeier] terá dois anos. Eu gostaria de ver meu filho antes de 31 de agosto para que possamos comemorar o seu aniversário com a família", afirmou.

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