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Acordo com UE tira crise de Caracas do debate central do Mercosul

A euforia gerada pelo acordo com a União Europeia, que marca um momento de abertura comercial na América do Sul, fez a Venezuela sair dos discursos dos países do Mercosul, pela primeira vez nos últimos 13 anos.

Acordo com UE tira crise de Caracas do debate central do Mercosul
Notícias ao Minuto

22:17 - 16/07/19 por Lusa

Mundo Venezuela

Desde que começou o seu processo de adesão ao Mercosul em 2006, até à sua suspensão em 2017, por "rotura da ordem democrática", a Venezuela desapareceu dos discursos dos ministros dos Negócios Estrangeiros do bloco que vive um momento de abertura comercial.

Com reuniões a cada seis meses, a crise venezuelana sempre foi o ponto forte das discussões no Mercosul, mesmo depois da suspensão do país. Nesta reunião, no entanto, a Venezuela desapareceu dos discursos.

O MNE brasileiro, Ernesto Araújo, comparou o processo de abertura na região com o que acontece na Venezuela e, em discurso no plenário do Mercosul, classificou a situação como "o elefante na sala".

"Neste momento, é preciso reconhecer que existe um elefante na sala, que é a questão da Venezuela", ressaltou Ernesto Araújo.

"Estamos a mudar o peso da nossa região no mundo. O século XXI pode ser o século da América do Sul", indicou, para logo marcar o contra-ponto: "a Venezuela é a grande pedra no caminho da América do Sul".

"O grande desafio com que hoje se depara a nossa região é a plena recuperação da democracia em toda a região e, neste sentido, o grande desafio é a situação da Venezuela, um regime ditatorial que já não se preocupa em proporcionar nada para o seu próprio povo, mas apenas em manter-se no poder a qualquer custo", acusou Araújo.

"O resto do mundo olha para nós com imensa expectativa. Só que a primeira pergunta é 'e a Venezuela'?", concluiu o ministro Ernesto Araújo em rara citação à crise venezuelana numa reunião marcada pela exaltação ao livre comércio, a partir do acordo com a União Europeia e das negociações em fase final com o EFTA (Islândia, Noruega, Suíça e Liechtenstein) e com o Canadá.

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