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Irão admite voltar à situação anterior ao acordo sobre programa nuclear

O Irão poderá voltar à situação que tinha antes da assinatura, em 2015, do acordo internacional sobre o seu programa nuclear, admitiu hoje o porta-voz da Organização Iraniana de Energia Atómica (OIEA).

Irão admite voltar à situação anterior ao acordo sobre programa nuclear
Notícias ao Minuto

16:18 - 15/07/19 por Lusa

Mundo EUA/Irão

"Se os europeus e os americanos não quiserem tomar medidas para cumprir os seus compromissos, nós também reduziremos os nossos compromissos e voltaremos à situação de há quatro anos", afirmou Behrouz Kamalvandi, citado pela agência oficial Irna.

Em resposta à decisão dos EUA de sair unilateralmente do acordo alcançado em 14 de julho de 2015, em maio de 2018 o Irão começou a quebrar gradualmente alguns de seus compromissos para forçar os seus parceiros a agir para salvar o pacto.

O acordo de 2015, concluído após vários anos de esforços diplomáticos, prevê uma limitação do programa nuclear iraniano em troca do levantamento das sanções internacionais contra o país.

No entanto, em maio de 2018, os Estados Unidos decidiram retirar-se unilateralmente do acordo e restabelecer em agosto desse ano sanções punitivas contra o Irão, impedindo a recuperação económica do país.

Em maio deste ano, e após ter aguardado que as outras partes do acordo ajudassem o país a contornar as novas sanções norte-americanas, o Irão anunciou que ia alterar progressivamente alguns dos compromissos assumidos.

No início de julho, anunciou que tinha aumentado as suas reservas de urânio enriquecido para 4,5%, o que ultrapassa o máximo autorizado pelo acordo (3,67%).

Para além da Alemanha, França e Reino Unido, China e Rússia permanecem partes do acordo com o Irão após o abandono dos Estados Unidos.

"Estas medidas não são tomadas de forma cega, são uma oportunidade para as outras partes caírem em si e cumprirem as suas obrigações", disse hoje Kamalvandi.

Os ministros dos Negócios Estrangeiros dos Estados-membros da União Europeia estão reunidos hoje em Bruxelas e um dos temas central da reunião é tentarem salvar o acordo.

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