O tratado foi aprovado em julho de 2017 por 122 países, entre os quais a Suécia, com a oposição das nove potências nucleares (EUA, Rússia, Reino Unido, França, Israel, China, Índia, Paquistão e Coreia do Norte) e da maioria dos países da NATO.
A ministra sueca explicou em conferência de imprensa que a Suécia vê com preocupação a ausência de uma definição clara das armas visadas no tratado, assim como a indefinição quanto à articulação entre este tratado e outros pactos internacionais, como o Tratado de Não-Proliferação (TNP), considerado a pedra angular da ordem nuclear internacional.
"Gostaria que tivéssemos uma convenção que fosse possível assinar (...), mas também é preciso sermos realistas", disse.
A Suécia vai contudo pedir o estatuto de observador do tratado, disse, assegurando que o país escandinavo continua a defender um mundo livre de armas nucleares.
A Suécia não é membro da NATO e o Governo social-democrata em funções está dividido quanto ao tratado nuclear, com um lado a considerar que subscrevê-lo pode enfraquecer a cooperação com a Aliança Atlântica e a vê-lo como sobretudo simbólico e sem impacto na redução do arsenal nuclear existente.
Num comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros sueco sublinha que a conferência de revisão do TNP prevista para 2020 "tem de levar a compromissos concretos de desarmamento das potências nucleares" e acrescenta que "se isso não acontecer, a situação política de segurança vai deteriorar-se".
O texto reafirma que a Suécia considera o desarmamento nuclear "uma prioridade-chave" e que "a ameaça colocada pelas armas nucleares é hoje maior", com "vários países a modernizarem o seu arsenal" e com "uma falta de confiança entre Estados" que é "um problema urgente".
As estimativas apontam para que existam atualmente no mundo cerca de 15.000 armas nucleares.