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Secretário do Trabalho de Trump demite-se após críticas no caso Epstein

O secretário do Trabalho norte-americano, Alexander Acosta, anunciou hoje a demissão, na sequência das críticas ao acordo judicial que obteve em 2008 para o milionário Jeffrey Epstein, acusado de abuso sexual de dezenas de raparigas menores.

Secretário do Trabalho de Trump demite-se após críticas no caso Epstein
Notícias ao Minuto

16:08 - 12/07/19 por Lusa

Mundo Trump

"Telefonei ao Presidente esta manhã para lhe dizer que penso que o melhor a fazer é demitir-me", disse Acosta à imprensa nos jardins da Casa Branca, com o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a seu lado.

"Alex Acosta foi um excelente secretário do Trabalho", disse Trump, acrescentando que não lhe pediu para se demitir.

Acosta disse que a sua demissão será efetiva dentro de sete dias e justificou a decisão por considerar que "não é correto" deixar a polémica sobre a forma como agiu no caso Epstein afetar o seu trabalho na administração.

Acosta era procurador federal em Miami, Florida, e supervisionou em 2008 um acordo judicial que levou ao arquivamento de uma investigação federal a Epstein por abuso sexual de pelo menos 40 adolescentes, que podia levar a uma condenação a pena perpétua.

Em contrapartida, Epstein deu-se como culpado de leis estaduais, tendo sido condenado a 13 meses de prisão, ao pagamento de indemnizações às vítimas e a ser registado como agressor sexual.

A revelação, esta semana, de novas acusações de abuso sexual de menores contra Epstein levou a críticas à atuação de Acosta há dez anos.

Destacados deputados do Partido Democrata e candidatos presidenciais exigiram a demissão de Acosta pelos termos do acordo judicial, que um juiz federal considerou contrário às leis federais porque as vítimas do milionário nunca foram notificadas dos termos do mesmo.

Acosta tentou justificar-se e deu uma conferência de imprensa há dois dias para defender as decisões que tomou, afirmando que o acordo foi o melhor possível na altura e tudo o que o fez foi em defesa do melhor interesse das vítimas.

"Fizemos o que fizemos porque queríamos ver Epstein cumprir pena", disse, recusando pedir desculpa: "Acreditamos que procedemos adequadamente".

Epstein, 66 anos, investidor em fundos especulativos, é acusado em Nova Iorque de abuso sexual de menores e tráfico sexual de menores, incorrendo numa pena de até 45 anos de prisão.

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