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Irão bombardeia posições de grupos curdos na fronteira com o Iraque

Os Guardas da Revolução do Irão anunciaram hoje que bombardearam com mísseis e aviões não tripulados posições de "grupos terroristas" na fronteira com o Curdistão iraquiano, onde o movimento separatista curdo iraniano possui as suas bases.

Irão bombardeia posições de grupos curdos na fronteira com o Iraque
Notícias ao Minuto

14:25 - 12/07/19 por Lusa

Mundo Ataque

Os ataques, que se iniciaram na quarta-feira, provocaram a destruição de várias bases dos grupos curdos que o Governo de Teerão qualifica de "terroristas" e um "grande número" de baixas nas suas fileiras, segundo o comunicado publicado por este corpo militar de elite.

Esta ofensiva ocorre após a morte de três efetivos da Guarda Revolucionária num ataque na cidade de Piranshahr, noroeste do Irão, que as autoridades atribuíram a um grupo separatista curdo.

A nota explica que os bombardeamentos foram desencadeados "em represália pelos recentes ataques terroristas em zonas das regiões do oeste e noroeste do Irão por parte de grupos anti-iranianos filiados na arrogância mundial [numa referência aos Estados Unidos]".

No início de abril o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que incluíram os Guardas Revolucionários do Irão na sua lista de "organização terrorista internacional", e quando Washington intensificava os esforços para aumentar a pressão internacional sobre o país.

A Força terrestre dos Guardas da Revolução indicou ter pedido ao Governo da região autónoma do Curdistão iraquiano que impeça os grupos terroristas de se estabeleceram nas zonas perto da fronteira comum com o Irão, mas lamentou que estas advertências não tenham sido atendidas.

Os bombardeamentos centraram-se nas bases e centros de treino dos grupos rebeldes curdos iranianos e que estarão vinculados com o Partido Democrático do Curdistão Iraniano (PDKI), uma referência omitida no comunicado.

Este partido esteve envolvido em outros ataques nos últimos anos, e em resposta os Guardas da Revolução bombardearam em setembro de 2018 a sua sede no Curdistão iraquiano, provocando pelo menos nove mortos.

Os confrontos entre grupos separatistas curdos e as forças de segurança são frequentes nas zonas fronteiriças com o Iraque e Turquia, onde se concentram importantes comunidades curdas.

Os curdos são à escala mundial uma das mais significativas entidades étnicas sem Estado, com cerca de 30 milhões de pessoas repartidas essencialmente pela Turquia, Irão, Iraque e Síria.

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