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Líder taiwanesa garante que Taiwan "nunca se sentirá intimidado"

A líder taiwanesa, Tsai Ing-wen, advertiu hoje que o povo taiwanês "nunca se sentirá intimidado", durante uma visita aos Estados Unidos, apesar dos protestos de Pequim, que recusam reconhecer Taiwan como território soberano.

Líder taiwanesa garante que Taiwan "nunca se sentirá intimidado"
Notícias ao Minuto

06:43 - 12/07/19 por Lusa

Mundo Tsai Ing-wen

Tsai, do Partido Democrático Progressista, pró-independência, realizou uma paragem de duas noites em Nova Iorque, a caminho da região do Caribe, onde visitará os aliados de Taipé na região.

A visita ocorre apesar dos protestos de Pequim, que pediu aos EUA que não permitam que Tsai transite pelo país e que tratem com "cautela" as questões relacionadas com Taiwan.

Mas, na mesma semana, o Departamento de Estado norte-americano aprovou uma venda de armamento a Taiwan no valor de 2,2 mil milhões de dólares, numa outra decisão que Pequim considera provocativa.

Embora Tsai tenha visitado os EUA antes, esta foi a sua primeira viagem como líder de Taiwan a Nova Iorque, onde Taiwan mantém uma representação consular e comercial não oficial, próximo da sede das Nações Unidas.

Taiwan não é membro da ONU, mas 17 países continuam a manter relações diplomáticas com a ilha.

O itinerário de dois dias de Tsai em Nova Iorque, aprovado pelo Governo norte-americano, incluiu um encontro com representantes de empresas de Taiwan e um banquete com membros da comunidade taiwanesa radicada nos EUA.

A sua comitiva, protegida por agentes federais e da polícia de Nova Iorque, foi recebida no hotel Grand Hyatt por centenas de manifestantes pró-Taiwan, agitando bandeiras taiwanesas e norte-americanas.

Do outro lado da rua, um grupo menor, de manifestantes pró-Pequim, gritava "Abaixo Taiwan" e "Unificar a China!".

Numa referência a Pequim, Tsai disse: "Quero reiterar que Taiwan não é e nunca será intimidado".

China e Taiwan vivem como dois territórios autónomos desde 1949, altura em que o antigo governo nacionalista chinês se refugiou na ilha, após a derrota na guerra civil frente aos comunistas.

No entanto, Pequim considera Taiwan parte do seu território, e não uma entidade política soberana.

Pequim cortou os mecanismos de diálogo com Taipé desde a eleição de Tsai Ing-wen, em 2016, e afirma que só aceita voltar atrás se a líder taiwanesa declarar que a ilha é parte da China.

Desde o XIX Congresso do Partido Comunista Chinês (PCC), em 2017, que as incursões de aviões militares chineses no espaço aéreo taiwanês se intensificaram, levando analistas a considerarem como cada vez mais provável que a China invada Taiwan.

Washington, que rompeu relações diplomáticas com Taipei em 1979 e passou a reconhecer o Governo de Pequim como o único representante da China, continua a ser o maior aliado de Taipé e o seu principal fornecedor de armas.

O périplo de Tsai, de 12 dias, incluiu paragens em São Vicente e Granadinas, São Cristóvão e Névis, Santa Lúcia e Haiti.

"Liberdade, democracia e sustentabilidade são os valores taiwaneses que queremos compartilhar com todos os nossos bons amigos", disse Tsai, antes de partir.

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