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Ministro francês 'debaixo de fogo' por jantares de luxo

Emmanuel Macron já perdeu um ministro do Ambiente. Agora, o atual titular da pasta é o principal alvo de críticas em França

Ministro francês 'debaixo de fogo' por jantares de luxo
Notícias ao Minuto

16:50 - 11/07/19 por Pedro Filipe Pina

Mundo François de Rugy

O portal de investigação Mediapart revelou alguns dos avultados gastos levados a cabo por François de Rugy.

Em causa estão gastos entre junho de 2017 e outubro de 2018, altura em que o atual ministro da Ecologia, Desenvolvimento Sustentável e Energia era presidente da Assembleia Nacional.

Na companhia da mulher, o governante e a mulher organizaram jantares para amigos onde nunca faltavam vinhos caros e lagostas gigantes. De resto, com dinheiro de contribuintes, o casal levou a cabo também uma renovação da sua então residência oficial, avaliada em dezenas de milhares de euros. As imagens reveladas de jantares incluem ainda as do jantar de Dia dos Namorados, que implicaram uma mesa coberta de pétalas de rosa, uma decoração que recaiu sobre funcionários do parlamento francês.

Como salienta a Reuters, as revelações feitas pelo Mediapart não apontam para ilegalidades. Ainda assim, reforçam uma narrativa que já tem afetado a popularidade do executivo de Macron, um 'presidente dos ricos', como alguns críticos o têm catalogado.

François de Rugy encontra-se 'debaixo de fogo' da opinião pública francesa, isto após meses de protestos dos coletes amarelos, protestos esses que já tiveram maior dimensão mas que não deixaram de desgastar o executivo de Macron.

Explica a Reuters que, numa primeira fase, na quarta-feira, François de Rugy desvalorizou as críticas à sua ostentação, acusando-as de serem apenas "grotescas". Entretanto, já esta quinta-feira, o governante que foi chamado a Paris para uma reunião com Édouard Philippe, primeiro-ministro francês, já reconhecia possíveis "erros de julgamento" da sua parte.

Menos de um ano após assumir o cargo de ministro no governo de Macron, François de Rugy enfrenta até ao momento a maior crise à sua imagem. 

O antecessor de François de Rugy na pasta da transição energética foi Nicolas Hulot, ministro que se demitiu em direto durante uma entrevista: “Vou tomar a decisão mais difícil da minha vida. Não quero mais mentir a mim mesmo, não quero dar a ilusão de que a minha presença no Governo significa que estamos à altura do desafio”, explicou na altura.

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